quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Khadafi (também) já caiu; quem virá a seguir?

Foi mais difícil do que Hosni Mubarak no Egito ou Zine Ben Ali na Tunísia, mas já está: o histórico e carismático líder líbio Muammar al-Khadafi está deposto do poder, a poucos dias de completar 42 anos no governo do país.
A insistente rebelião das fações que se lhe opõem com o imprescindível e fundamental apoio armado das entidades internacionais (nomeadamente, a NATO) colocou-o sem mais recursos para resistir e não teve alternativa senão ceder.

Algum tempo atrás, logo que surgiram os primeiros sinais das revoltas árabes, partilhei que poderíamos estar perante o início de algo verdadeiramente significativo do ponto de vista profético: o desmoronar das barreiras que o mundo árabe ainda constitui para que os EUA e o Vaticano se assumam, definitivamente, como os únicos agentes decisivos na governação mundial.

Entretanto, nos últimos meses, vimos que outro importante player na região, a Síria, também está a ser fortemente pressionado para os seus governantes cedam e aceitem reformas democráticas, dito de outra forma, se retirem e abram espaço para eleições nas quais o povo possa escolher quem quer que o lidere.
Tudo isto mostra que as questões internacionais nunca estão baseadas em pressupostos honestos e sinceros que visem unicamente o bem-estar das populações, incluindo aquelas que os líderes representam. Antes, tudo gira à volta de uma estratégia de poder com contornos e interesses muito duvidosos, a não ser que o comum espetador esteja informado pela Bíblia, no contexto do grande conflito entre Cristo e Satanás, de que tudo isto é apenas e só mais um capítulo no desenrolar dessa luta cósmica.
Não sei se já reparou que a sucessão cronológica de países árabes onde as revoltas despoletaram indica uma clara ordem de países menos representativos para aqueles que são mais relevantes na cena internacional: Tunísia / Egito / Líbia / Síria.
Assim sendo, e depois da Tunísia, do Egito, da Líbia e estando ainda para se definir completamente a situação na Síria (o que poderá não demorar muito mais tempo...), é lógico perguntar o que virá a seguir...
Correndo o risco de arriscar demasiado, mas admitindo a hipótese de estar errado, parece-me mais do que evidente que está a ser preparado o caminho para o "ataque" - não sabemos bem de que forma - àquela que é vista desde o ocidente como a maior ameaça existente no mundo árabe: o Irão, de Mahmoud Ahmadinejad.
Se esta nação de grande poder nuclear for reformada sob o ponto de vista das democracias ocidentais, podemos concordar que o caminho estará totalmente aberto para que todo o mundo árabe (até há bem pouco praticamente impenetrável...) se convulsione - não necessariamente com violência, mas também não dispensando o seu uso - de forma a seguir o exemplo das nações já mencionadas.
A ser assim, não sei se isto acontecerá já no imediato ou se ainda teremos de esperar mais algum tempo, até para se tornarem claras algumas definições. Mas que os passos apontam todos nesse sentido, disso não há dúvida alguma!
Repare também num outro pormenor que me parece da maior importância: já reparou que, pelo menos em termos públicos e evidentes, tudo isto começou apenas há escassos meses? Já parou para pensar como em tão pouco tempo se depuseram governantes que pareciam eternizarem-se no poder?
Isto transporta-me até uma citação de Ellen White que tenho cada vez mais presente (atente especialmente no que sublinhei):
"Vivemos no tempo do fim. Os sinais dos tempos, a cumprirem-se rapidamente, declaram que a vinda de Cristo está próxima, às portas. Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos" (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 280).
Assim, sabemos que os acontecimentos finais serão rápidos. Resta saber se estaremos suficientemente atentos para acompanhar o ritmo...
Publicado no blog "O TEMPO FINAL",  em 23/08/2011.

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