O chifre pequeno que subiu junto com os outros dez mencionados na profecia é, incontestavelmente, a Roma papal que em 538 d.C. sucedeu a Roma imperial. O império romano caiu, vítima dos povos bárbaros vindos do norte e que causaram no ano 476 d.C. a desagregação do maior império até então surgido na história da humanidade.
Para que isto fosse possível foi necessário destruir os três povos que impediam a hegemonia desse diferente governante mundial. Diferente, sim, porque além do poder material e secular ele se levantou como um poder espiritual. Os hérulos, os vândalos e os ostrogodos, seus adversários, foram varridos do mapa e, no ano de 538 d.C., pôde enfim entrar em vigor o decreto imperial do imperador Justiniano, soberano do império oriental, que determinara que o Bispo de Roma, então chamado "papa", fosse feito chefe e "cabeça" de todas as igrejas então existentes.
Durante 1.260 anos o papado dominou sobre as nações que predominavam na terra. Sua influência era exercida na Europa, norte da África, Ásia Menor e na América. Os imperadores, reis e príncipes somente podiam governar obedecendo a seu comando e orientação política e religiosa. Quem assim não fizesse era excomungado e destronado. Ele não aceitava oposição. Os que divergissem em um mínimo ponto eram denunciados, perseguidos e exterminados como hereges.
A História se lembra repugnada do genocídio nazista da segunda guerra mundial quando mais de seis milhões de judeus pereceram no holocausto infame do monstro chamado Hitler. Estranhamente esta mesma História se cala ante outros repugnantes genocídios, tanto mais agravados porquanto cometidos e praticados por monstros humanos que se auto-proclamavam representantes de Cristo. O monstro chamado Inocêncio III foi o responsável pelo extermínio de mais de um milhão de cristãos cátaros, no período de vinte anos que durou a cruzada albigense. (A História Secreta dos Papas, B.R.Lewis, pag. 62-Genocídio: Os Cátaros, Parte I).
Homens corruptos e cruéis, sanguinários, sensuais e homicidas se diziam representantes e substitutos de JESUS na terra, os Seus vigários. Houve mesmo um tempo em que esse governo foi chamado de PORNOCRACIA. Quem quiser saber o que isto significa basta digitar esse nome no Google e se informar a respeito.
As mais ricas famílias da Europa e especialmente de Roma se revezavam e rivalizavam na disputa do cargo mais poderoso da terra. Mentiras, assassinatos, corrupção não tinham limite e os fins justificavam os meios. A farra durou soberanamente até a época de Napoleão Bonaparte, imperador francês. No dia 10 de fevereiro de 1.798 o papado foi ferido de morte. Por ordem de Napoleão o papa Pio VI foi deposto e morreu no exílio. A partir daí o papado perdeu o poder absoluto e o sucessor do idoso papa destronado foi coroado por Bonaparte sem pompa e sem privilégios.
A ferida mortal do papado se consolidou em 1.870 quando o Rei italiano Vítor Emmanuel II tomou do papado os Estados Papais. O papa Pio IX então se auto-proclamou “Prisioneiro do Vaticano” e se enclausurou em sua cidade, condição seguida por seus três sucessores. Parecia ser o fim do papado. Mas não era. A profecia bíblica que não falha previa o seu restabelecimento e, mais do que isto, um novo período de glória e domínio, mais absoluto do que aquele exercido durante mais de doze séculos.
O Apóstolo João, no último livro da Bíblia, o Apocalipse ou o livro da Revelação, escreveu: “E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres diz diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio. E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta”. (Apocalipse 13:1-3).
Salta aos olhos a evidência de que as características desta besta (animal simbólico que representa um grande poder constituído) são as características dos impérios que o antecederam (o leopardo, o urso e o leão simbolizam os impérios da Grécia, Medo-Pérsia e Babilônia, respectivamente), referidos na profecia de Daniel (Dn. 7:4,5 e 6). O dragão que lhe conferiu o poder é representado por Roma e Satanás (Dn. 7:7 e Ap. 12:8).
Qual o significado desta simbologia que caracteriza o poder representado na profecia? Não há dúvida de que somente a inspiração divina poderia tão bem descrever o objeto nela indicado. Dizendo-se representante de Cristo ele é na realidade representante de Satanás, porque combateu desde o princípio o Evangelho Eterno e imutável de Deus, confiado a profetas e apóstolos hebreus. Em lugar destes, ele escolheu filósofos gregos e doutrinas babilônicas e persas.
A imortalidade da alma, o inferno eterno e o purgatório foram doutrinas herdadas daqueles impérios e culturas e constituem hoje parte do seu credo que, aliado à mudança da eterna lei de Deus, constituem a base de sua doutrina e ensinos, disseminados e aceitos até mesmo para a maioria dos cristãos que dele se separaram desde a reforma protestante. Sócrates, Aristóteles e Platão, seguidos por Agostinho, Tomás de Aquino e outros, substituíram os límpidos princípios do Evangelho Eterno e que, como o Seu Autor, não podem mudar.
Os conceitos sobre a natureza do homem, o pecado, que ocasionou a morte, a justiça que é pela fé, a ressurreição e a vida eterna reconquistada pelo sacrifício de JESUS CRISTO, tudo foi mudado em uma religião baseada em conceitos pagãos e transformada em ritos superticiosos, que provocaram o sincretismo religioso que hoje assombra os anjos e afasta os homens da verdadeira fé, e é a causa maior da incredulidade que impera hoje em todo o mundo.
O apóstolo anteviu em visão profética uma das cabeças (a papal) do simbólico animal que a representa, como que ferida de morte. Mas ele acrescenta que “a sua ferida mortal foi curada” e, ainda muito mais interessante, que “toda a terra se maravilhou após a besta”. Esta afirmação profética é verdadeira, e podemos ver o seu cumprimento iniciado no passado recente e se desenvolvendo mesmo nos nossos dias, a estender-se o seu cumprimento total num futuro próximo.
No dia 11 de fevereiro de 1929 foi assinado o Tratado de Latrão que devolveu o “reino” ao papado. A partir dessa data a “ferida mortal da besta começou a ser curada” e a sua importância e o seu poder começaram a ser restaurados. Desde os tempos de João Paulo II, o maior de todos os papas, onde quer que o pontífice romano vá, ele arrasta incontáveis multidões consigo, ávidas de ouvi-lo e prestar-lhe homenagem.
A obra A História Secreta dos Papas, antes mencionada, em sua página 220, no tópico “O Prisioneiro do Vaticano” destaca o seguinte: “As negociações duraram vários anos, mas, em 11 de fevereiro de 1929, o cardeal Pietro Gaspari, representando o papa Pio XI, e Benito Mussolini, representando Vítor Emanuel III, rei da Itália, usaram uma pena de ouro especialmente feita para assinar o Tratado de Latrão na sala do papa, no Palácio de Latrão, em Roma. O tratado criou o menor estado soberano do mundo, a Cidade do Vaticano, que tem apenas 44 hectares. Era o menor e mais novo espaço sob domínio exclusivo do papa, que agora era seu chefe de estado”.
Até aqui a profecia bíblica teve um cumprimento assombroso. Nenhum homem possui hoje na terra mais influência do que o rei de Roma. O Estado do Vaticano é governado com poder absoluto pelo papa que é hoje honrado e admirado como nenhum outro soberano no mundo. Isto é um fato incontestável.
Mas a profecia não se limita a informar que após a cura de sua chaga mortal toda a terra se maravilhou após ela (a besta romana), o que é um fato real, intensamente mostrado pela mídia mundial. Mais adiante ela afirma que o papado será objeto de adoração. Isto mesmo, adoração! E é afirmado ainda que ele abrirá a sua boca em blasfêmias e que o período de seu domínio continuará por quarenta e dois meses.
O período de seu domínio anterior diverge em dois pontos essenciais. Primeiro, foi reduzido de 1.260 anos para 1.260 dias ou quarenta e dois meses. Segundo, que o primeiro domínio foi restrito a uma relativamente pequena do globo e o domínio futuro é dito que “deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação” (Ap. 13:7), ou seja, toda a terra deverá estar sujeita a ele.
Aqueles que se negarem ou a ele se opuserem serão perseguidos, torturados e mortos, em grande parte, o que está em harmonia com outras lições das Escrituras, sobre o que acontecerá ao mundo e seus habitantes nos dias que antecedem a volta de JESUS.
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A SEGUIR: O futuro domínio papal predito nas profecias e Daniel e Apocalipse.
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