domingo, 3 de julho de 2011

LEMBRAM-SE DO ÍNDIO GALDINO?

Faz alguns anos, e o mundo inteiro levantou-se, indignado, pela ação de cinco jovens, ricos e irresponsáveis que se divertiam pela madrugada, na cidade de Brasília. Após uma noite de “curtição”, antes de irem para casa, decidiram-se a fazer uma última brincadeira, uma brincadeira macabra.

Resolveram atear fogo em alguém que supunham ser um mendigo. Mais do
que um mendigo, aquela pessoa era um pobre índio que chegara tarde à pensão em que se
hospedara, encontrando as portas fechadas. Não podendo prever o seu trágico destino, resolveu deitar-se em um ponto de ônibus, naquela que seria a sua última noite.

Movidos pela excitação os cinco jovens – um deles menor – jogaram combustível no corpo do índio e atearam-lhe fogo. Durante alguns breves minutos, que ao índio devem ter parecido uma eternidade, o seu corpo virou uma tocha humana.

Depois de uma agonia atroz, dores lancinantes e inimagináveis, aquele pobre ser humano veio a falecer, com 95% do corpo queimado, sendo a sua morte uma forma misericordiosa de terminar com o seu sofrimento. O mundo inteiro, repetimos, levantou-se – não sem razão – indignado contra este ato de barbárie e violência. Mas, aproveitando este tão infeliz episódio, bem que poderíamos aproveitá-lo para um instante de reflexão, no que diz respeito ao destino final dos homens ímpios, que não hão de herdar a salvação, a vida eterna.

Se considerarmos, num pensamento mórbido e inadequado, apenas para comparação, que aquele ser humano era apenas um índio, um índio pobre e que para aqueles rapazes que apenas queriam se divertir era apenas um estranho, e não o conheciam, ainda assim a nossa indignação permanece. Por mais impessoal que fosse a relação entre eles, por mais insignificante que fosse a vítima, tais razões não podem diminuir a dimensão do ato e nem a justa indignação que provocou.

Se esta indignação atingiu no mundo todo tal dimensão, o que não dizer da indignação de todo o Universo com relação a um tema intimamente relacionado com o dos jovens e do índio, em Brasília? O que desejamos, com todo o respeito para com este assunto sagrado, é estabelecer uma relação com o ato daqueles rapazes, e o ato de Deus, na condenação daqueles que não vão herdar a vida eterna.

A Bíblia Sagrada afirma categoricamente e disto temos a mais absoluta convicção, que Deus é amor. Está escrito: “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor (I João 4:8). Se a natureza humana se insurge e se revolta contra alguns rapazes irresponsáveis que ateiam fogo num estranho, que agoniza por uns breves minutos, o que não dizer de um pai que tivesse a coragem de praticar tal ato, não contra um desconhecido, mas contra um filho a quem professa amar? E se ao invés de queimá-lo por alguns minutos, apenas, ele o deixasse a queimar por toda a eternidade, perdido na mais absoluta e total desesperança? Qual filho em sã consciência poderia amar um pai assim? Ao invés de amor, teria ele infinito medo e pavor desse pai.

Como dizer que Deus é amor e imaginar que Ele pudesse ser capaz de cometer tal atrocidade com um filho que ama com terno amor? A doutrina do inferno eterno é a mais absurda e diabólica e a mais ofensiva de todas as doutrinas com que o Grande Rebelde procura retratar o caráter misericordioso do Pai Celestial. Satanás procura em sua obra de engano revestir com seu próprio caráter o caráter do Beneitor da humanidade.

Prezado leitor, leia a Bíblia com amor e com o sincero desejo de receber o conhecimento que Deus tem prá lhe oferecer. Medite sobre o amor que resultou na cruz e no Crucificado. Em Sua obra em favor do homem Jesus veio tão-somente revelar em Sua vida o caráter do Criador.


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