Suas informações são consideradas pela imensa maioria dos que as pretendem estudar, compreender e
interpretar, como impenetráveis, obscuras e de difícil ou mesmo impossível entendimento. Muitos, ignorando as solenes advertências nelas contidas, trazem informações e interpretações fundamentadas em suas próprias convicções, ignorando que a própria Bíblia Sagrada, e só ela, pode ser sua intérprete. Assim, ao invés de trazerem conhecimento, acabam trazendo incredulidade e confusão.
Não foi esse o propósito de Deus ao dar suas sublimes verdades ao homem, por meio de Seu apóstolo. A própria palavra que designa o livro significa REVELAÇÃO. Consideradas as circunstâncias e o período em que foram concedidas, essas predições ou profecias tiveram que ser confiadas ao profeta por meio de símbolos. Não fosse assim, certamente as autoridades que governavam o mundo na ocasião e as que lhes sucederiam desfeririam contra as mesmas seus ataques mortais, com o objetivo de extirpá-las e impedir o objetivo do Revelador.
Isto porque as mais extraordinárias, chocantes e contundentes acusações recaem exatamente sobre essas mesmas autoridades, desnudando-lhes a hipocrisia, a mentira, o embuste, a falsificação da verdade e sobre elas anunciando os juízos terríveis que serão o resultado justo e certo que receberão, a colheita de sua nefasta semeadura.
É impossível compreender as profecias desse livro sem um conhecimento da história da civilização nos dois últimos milênios, principalmente a história de Roma, em sua fase imperial e, principalmente, no período que o sucedeu, o período papal. Elas destacam especialmente o seu aspecto político e religioso.
O Apocalipse é nada mais, nada menos, do que a seqüência e, em muitos casos, a reprodução do livro de Daniel que pode, muito apropriadamente ser chamado e considerado como o “Apocalipse do Antigo Testamento”.
A diferença fundamental entre os dois livros proféticos está no fato de que a Daniel foram mostrados quatro impérios de extensão mundial: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. Estes impérios foram representados de maneira clara e mesmo com o expresso esclarecimento nominal dos três primeiros, por símbolos de uma estátua e de quatro animais.
No Apocalipse, ao apóstolo João somente um império foi mostrado, o quarto. Isto, pela simples razão de que os três primeiros já pertenciam ao passado, haviam sido sucessivamente conquistados e subvertidos, restando apenas o quarto e último, Roma.
Sua história, desde aquela época até ao fim dos séculos, está admirável e surpreendentemente descrita em seus aspectos mais notáveis e importantes nas predições que o próprio Senhor Jesus nos deixou por meio de Seu apóstolo conhecido como "o discípulo amado". Vamos, a partir de agora, analisar capítulo a capítulo todas estas profecias, do início ao fim. Solicitamos a todos que acompanharem esse trabalho que critiquem, opinem e manifestem sua concordância ou não ao que for apresentado, se possível dando a sua interpretação, a fim de que cheguemos a um denominador comum.
Procuraremos trazer o significado destas profecias da maneira mais simples possível, fazendo uma síntese do trabalho de vários respeitáveis autores e estudiosos do assunto. Este livro pode apropriadamente ser chamado de um quebra-cabeças. Suas peças estão espalhadas pela sabedoria divina e quando dispostas nos seus devidos lugares elas se encaixam admiravelmente, descortinando um extraordinário panorama. Por esta razão ele é chamado de REVELAÇÃO.
Certamente que o leitor que se der o privilégio de acompanhar todo o relato e as provas irrefutáveis que serão apresentadas, sentir-se-á recompensado ao chegar ao seu final. Então, o Livro do Apocalipse já não será mais um poço insondável e misterioso, mas a cristalina e coerente verdade, a revelação de toda a história do cristianismo, dos dias do exílio de João até à volta de Jesus e do fim do mundo, como o Mestre e Salvador ensinou.
O propósito original de Deus de trazer o homem ao primeiro domínio, numa nova terra recriada à perfeição e pureza originais, onde não haverá nem morte, nem pranto e nem dor estão claramente delineadas nas profecias estudadas. Mas antes do fim a profecia destaca a terrível convulsão social, política, econômica e religiosa que acometerá o planeta.
Roma e os Estados Unidos da América são as duas potências que brevemente se unirão, tanto no aspecto político e religioso, quanto na ideologia autoritária e conservadora, para deflagrar o último ato da história deste mundo. Os acontecimentos atuais dão testemunho infalível do que está prestes a acontecer. É uma verdade que não pode ser contraditada. Quem viver, verá.
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