A ferida mortal do papado se consolidou em 1.870 quando o Rei italiano Vítor Emmanuel II tomou do papado os Estados Papais, chamados de “Patrimônio de São Pedro. O papa Pio IX então se auto-proclamou “Prisioneiro do Vaticano” e se enclausurou em sua cidade, condição seguida por seus sucessores até ao ano de 1929. Parecia ser o fim do papado. Mas não era. A profecia bíblica que não falha previa o seu restabelecimento e, mais do que isto, um novo período de glória e domínio, mais absoluto do que aquele exercido durante mais de doze séculos.
O Apóstolo João, no último livro da Bíblia, escreveu: “E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres diz diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio. E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta”. (Apocalipse 13:1-3).
Salta aos olhos a evidência de que as características desta besta (animal simbólico que representa um grande poder constituído, uma potência internacional) são as características dos impérios que o antecederam (o leopardo, o urso e o leão simbolizam os impérios da Grécia, Medo-Pérsia
e Babilônia, respectivamente), referidos na profecia de Daniel (Dn. 7:4,5 e 6). O dragão que lhe conferiu o poder é representado por Roma e Satanás (Dn. 7:7 e Ap. 12:8).
Qual o significado desta simbologia que caracteriza o poder representado na profecia? Não há dúvida de que somente a inspiração divina poderia tão bem descrever o objeto nela indicado. Dizendo-se representante de Cristo ele é na realidade representante de Satanás, porque combateu desde o princípio o Evangelho Eterno e imutável de Deus, confiado a profetas e apóstolos hebreus. Em lugar destes, ele escolheu filósofos gregos e doutrinas babilônicas e persas. Estas doutrinas, que constituíam a religião daquelas nações pagãs, são a base de toda a religião e ensino da Igreja de Roma. Por isto a inspiração profética caracterizou a besta romana associando-a àqueles três animais, que representam e símbolizam os impérios de Babilônia, da Medo-Pérsia e da Grécia. Os ensinos dessa igreja não estão baseados na Bíblia, mas na tradição de homens e em princípios e dogmas do paganismo.
A imortalidade da alma, o inferno eterno e o purgatório foram doutrinas herdadas daqueles impérios e culturas e constituem hoje parte do seu credo que, aliado à mudança da eterna lei de Deus, constituem a base de sua doutrina e ensinos, disseminados e aceitos até mesmo para a maioria dos cristãos que dele se separaram desde a reforma protestante. Sócrates, Aristóteles e Platão, seguidos por Agostinho, Tomás de Aquino e outros, substituíram os límpidos princípios do Evangelho Eterno e que, como afirma a Bíblia Sagrada, não podem mudar, como o Seu Autor também não muda.
Estes princípios morais ensinados pelos profetas hebreus, por JESUS e Seus apóstolos foram misturados com práticas herdadas do paganismo e formaram uma religião baseada em ritos supersticiosos e na tradição de homens, que provocaram o sincretismo religioso que hoje assombra os anjos e afasta os homens da verdadeira fé, e é a causa maior da incredulidade que impera hoje em todo o mundo.
O apóstolo anteviu em visão profética uma das cabeças (a papal) do simbólico animal que a representa, como que ferida de morte. Mas ele acrescenta que “a sua ferida mortal foi curada” e, ainda muito mais interessante, que “toda a terra se maravilhou após a besta”. Esta afirmação profética é verdadeira, e podemos ver o seu cumprimento iniciado no passado recente e se desenvolvendo mesmo nos nossos dias, a estender-se o seu cumprimento total num futuro próximo.
No dia 11 de fevereiro de 1929 foi assinado o Tratado de Latrão que devolveu o “reino” ao papado. A partir dessa data a “ferida mortal da besta começou a ser curada” e a sua importância e o seu poder começaram a ser restaurados.
A obra A História Secreta dos Papas, em sua página 220, no tópico “O Prisioneiro do Vaticano” destaca o seguinte: “As negociações duraram vários anos, mas, em 11 de fevereiro de 1929, o cardeal Pietro Gaspari, representando o papa Pio XI, e Benito Mussolini, representando Vítor Emanuel III, rei da Itália, usaram uma pena de ouro especialmente feita para assinar o Tratado de Latrão na sala do papa, no Palácio de Latrão, em Roma. O tratado criou o menor estado soberano do mundo, a Cidade do Vaticano, que tem apenas 44 hectares. Era o menor e mais novo espaço sob domínio exclusivo do papa, que agora era seu chefe de estado”.
Desde os tempos de João Paulo II, o maior de todos os papas, onde quer que o pontífice romano vá, ele arrasta incontáveis multidões, ávidas de ouvi-lo e prestar-lhe homenagem. Este pontífice assombrou o mundo em quase 27 anos de pontificado, o segundo mais longo de toda a história. Incontáveis livros foram escritos para registrar a sua saga, os seus feitos. Sua liderança e carisma foram sem igual e consolidou o prestígio e autoridade política e econômica do Vaticano como potência mundial.
Hoje, onde o papa aparece, ele é venerado e mesmo adorado por incontáveis multidões, em qualquer parte do mundo. Reis, estadistas, dignitários e governantes de todo o mundo prestam-lhe homenagens extraordinárias, quase que diariamente, chegando alguns a lhe beijarem as mãos ou ajoelharam-se diante de sua pessoa. Onde quer que dirija, em qualquer país que visita no que chama de “peregrinação apostólica”, fabulosas multidões o acompanham e se reúnem às centenas de milhares e mesmo milhões de pessoas, para lhe prestarem homenagem, submissão, e veneração. Essas multidões se assemelham, em verdade, a um “mar” de gente, como indica a profecia.
A mídia mundial é a maior testemunha desse fato incontestável.
O seu poder político foi restaurado. O seu domínio sobre as nações, ainda não. Hoje o Estado do Vaticano mantém relações diplomáticas com quase todos os países do mundo. As nações têm seus embaixadores no Vaticano nos mesmos moldes e condições que em qualquer Estado politicamente organizado. Igualmente o Estado do Vaticano, pelo princípio da reciprocidade mantém os seus embaixadores nessas nações, com poderes legais de o representarem politicamente. Esses embaixadores papais são pomposamente designados por Núncios Apostólicos.
João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polônia e certamente em toda a Europa, bem como significante na melhora das relações da Igreja Católica com o judaísmo, islã, Igreja Ortodoxa, e a Comunhão Anglicana. (Wikipedia).
Foi um dos líderes que mais viajou na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. Falava 12 idiomas, além do seu idioma natal, o polaco. Ele beatificou 1 340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que todos os seus predecessores juntos pelos cinco séculos passados. (Widipedia).
Nos funerais desse papa, em abril de 2005, podemos dizer que “toda a terra se maravilhou”. “Reis, rainhas, primeiros ministros e presidentes de mais de 100 nações estiveram presentes no funeral do papa. O Príncipe Charles adiou seu casamento para poder assistir o funeral. Pela primeira vez na história um presidente e dois ex-presidentes dos Estados Unidos estiveram presentes no funeral do papa. Por questão de segurança e espaço o papado limitou a delegação dos Estados Unidos a 5 pessoas. Os cinco eram o Presidente George W. Bush, a primeira dama Laura Bush, os ex-presidentes George H. W. Bush, Bill Clinton e a Secretária de Estado Condoleezza Rice”. (Samuel Ramos, Revelações do Apocalipse, vol. 2, pag. 179).
O que se viu na cerimônia que precedeu o sepultamento do papa é um eloquente cumprimento de parte da profecia bíblica: “Quando a delegação americana, um dia antes do funeral, foi à Basílica de São Pedro para ver o corpo do papa, eles se ajoelharam diante do corpo do papa em atitude de oração tendo as mãos juntas e a cabeça inclinada. Olhando esse quadro da delegação americana ajoelhada diante do corpo do papa João Paulo II percebemos quão real e relevante é a profecia de Apocalipse 13. O mundo todo, através dos seus representantes, veio dar o último adeus e prestar suas homenagens ao papa. Cerca de 4 milhões de pessoas visitaram Roma durante o funeral”. (Obra citada, idem, idem).
Certamente que o papado hoje exerce assombroso fascínio, mas limitado domínio, apesar de ser o poder mais influente no mundo hoje, ao lado dos Estados Unidos. Mas a profecia garante que o seu poder não estará limitado a essa influência restrita por muito tempo. “O profeta previu, porém, uma restauração muito maior. Ele viu a ferida completamente curada. Depois dessa cura, ele viu ‘todos os que habitam sobre a terra’, exceto poucos fiéis, adorando a besta (Apoc. 13:8)... O papado voltará com um poder muito maior do que aquele que exerceu durante a Idade Média, porque envolverá todos os que habitam sobre a terra”. (Obra citada, idem, idem, destaques acrescidos).
Até aqui a profecia bíblica teve um cumprimento assombroso. Nenhum homem possui hoje na terra mais influência do que o rei de Roma. O Estado do Vaticano é governado com poder absoluto pelo papa que é hoje honrado e admirado como nenhum outro soberano no mundo. Isto é um fato incontestável.
Mas a profecia não se limita a informar que após a cura de sua chaga mortal toda a terra se maravilhou após ela (a besta romana), o que é um fato real, intensamente mostrado pela mídia mundial. Mais adiante ela afirma que o papado será objeto de adoração. Isto mesmo, adoração! E é afirmado ainda que ele abrirá a sua boca em blasfêmias e que o período de seu domínio continuará por quarenta e dois meses.
O período de seu domínio anterior diverge em dois pontos essenciais. Primeiro, foi reduzido de 1.260 anos para 1.260 dias ou quarenta e dois meses. Segundo, que o primeiro domínio foi restrito a uma relativamente pequena do globo e o domínio futuro é dito que “deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação” (Ap. 13:7), ou seja, toda a terra deverá estar sujeita a ele e não apenas uma parte dela, como no primeiro domínio.
Aqueles que se negarem ou a ele se opuserem serão perseguidos, torturados e mortos, em grande parte, o que está em harmonia com outras lições das Escrituras, sobre o que acontecerá ao mundo e seus habitantes nos dias que antecedem a volta de JESUS.
A SEGUIR: a Marca da Besta.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
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ÒTIMO TEXTO, PARABÉNS POR PUBLICAR A VERDADE BIBLICA.
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