quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A BESTA DE APOCALIPSE 17: UMA SUGESTÃO

Apocalipse 21:8 menciona alguns grupos que não herdarão a vida, como os tímidos (ou covardes) e incrédulos, cujo destino é o lago de fogo. E faz graves admoestações e advertências a quem desvirtuar as palavras da profecia, acrescentando ou omitindo qualquer coisa que cause confusão e prejuízo ao propósito de Deus, ao revelar Sua verdade para o final do grande conflito.

RESPOSTA A COMENTÁRIOS. POR SUA EXTENSÃO O ESPAÇO PRÓPRIO NÃO A COMPORTOU E POR ESTA RAZÃO VAI EXPRESSA NO TEXTO ABAIXO:

Tenho sido confrontado por pessoas com diversos textos e matérias como se elas fossem a verdade absoluta e com a alegação básica de que representam a interpretação oficial da Igreja. 

Pois bem, não são interpretações oficiais, mas tradicionais, o que é bem diferente. E nem refletem a posição da Igreja, mas de pessoas que pertencem à Igreja, o que também é muito diferente.

 Não importa o quanto possam ser sábias e eruditas e nem a posição que ocupem, elas não são porta-vozes da Igreja e se desejarem sê-lo estarão usurpando prerrogativas, o que não pode ser aceitável.

Todos os meus comentários obedecem ao princípio de que as opiniões ou interpretações de profecias ainda não cumpridas e que não sejam unanimemente aceitas não devem ser dogmatizadas, mesmo porque não é a opinião de ninguém que irá alterar os fatos a que elas se referem. O que tiver que ser, será e o que tiver que vir, virá independentemente de qualquer opinião.

As opiniões e interpretações devem ser analisadas e aceitas - ou descartadas, de maneira livre e democrática, conforme sua natureza; elas não devem ser combatidas sob o pretexto de heresia, se não se harmonizarem com as ideias de quem quer que seja.

 Não existem donos da verdade. Agir de maneira diversa é agir com o mesmo espírito exclusivista, preconceituoso e intolerante que deu origem à inquisição católico-romana papal.

Meu único compromisso é com Deus e com a ordem de Jesus de anunciar o Seu Evangelho Eterno. Não tenho chefes e nem patrocinadores. Minha norma de fé são as Sagradas Escrituras. Não tenho contas a prestar nem a pessoas e nem a instituições, mas somente a Deus, repito.

Não sou ingênuo e não me deixo enganar por sutilezas. Estou atento a cada intenção que se manifesta por trás de “conselhos” dúbios que vêm acompanhados de ações que visam desautorizar e lançar dúvida e descrédito sobre meu trabalho e as opiniões emitidas.

 Apenas gostaria de esclarecer que não sou um adversário que deva ser combatido, mas um humilde e sincero candidato ao céu, que almeja cumprir o seu trabalho. Não busco aplausos e nem pretendo unanimidade, mas apenas respeito.

Meu propósito estará atingido se despertar a atenção, o debate e a reflexão sobre os assuntos que estão diante de nós, de importância transcendental.

A Bíblia oferece razões para entendermos que os “sábios” que entenderão as profecias não serão necessariamente grandes teólogos, versados em filosofia, mestres e doutores. Pelo contrário, até podemos entender que muitos dos orgulhosos expoentes da cultura humana deixem de compreender o real significado do propósito divino.

A sabedoria que vem de Deus é pura, pacífica, moderada, terna, cheia de misericórdia e, sobretudo de humildade (Tg 3:17). A sabedoria mundana muitas vezes é considerada loucura diante de Deus, que não raro vale-Se de coisas que são consideradas pelo mundo erudito como pequenas e mesmo desprezíveis, para que assim aquela outra sabedoria seja confundida (I Coríntios 1:27-28).

 Com base nessa introdução eis alguns textos do que chamamos Espírito de Profecia, que parecem ser bastante pertinentes:

“Não há escusas para alguém tomar uma posição de que não há mais verdade para ser revelada, e que todas as nossas explanações da Escritura estão sem erro. O fato de que certas doutrinas têm sido defendidas como verdade por muitos anos pelo nosso povo, não é uma prova de que nossas ideias são infalíveis. O tempo não deixará permanecer o erro na verdade, e a verdade pode ser esclarecida. Nenhuma verdadeira doutrina perderá alguma coisa pela inteira investigação”. (E.G.White. - Review and Herald, 20/12/1892).

“Temem alguns que se reconhecerem estar em erro, ainda que seja num único ponto, outros espíritos serão levados a duvidar de toda a teoria da verdade. Têm, portanto achado que não se deve permitir a investigação; que ela tenderia para a dissensão e a desunião. Mas se tal é o resultado da investigação, quanto mais depressa vier, melhor. Se há aqueles cuja fé na Palavra de DEUS não suportará a prova de uma investigação das Escrituras, quanto mais depressa forem revelados, melhor... Não podemos manter a opinião de que uma posição uma vez assumida, uma vez advogada a ideia, não deve, sob qualquer circunstância ser abandonada. Há apenas um que é infalível: Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida”. (E.G.White - Testemunhos para Ministros, pag. 105).

“Não deve a Bíblia ser interpretada para agradar às ideias dos homens, por mais longo seja o tempo em que têm considerado verdadeiras essas ideias. Não devemos aceitar a opinião de comentaristas como sendo a voz de DEUS; eles eram mortais, sujeitos ao erro como nós mesmos. DEUS nos tem dado a faculdade do raciocínio como a eles. Devemos tornar a Bíblia o seu próprio expositor”. (E.G.White - Testemunhos para Ministros,  pag. 105).

Na matéria em questão, publicada em 2005 páginas 31 a 41 da Revista Parousia, o próprio autor a considera como uma sugestão e opção viável, por seguir princípios de interpretação encontrados nas próprias Escrituras.  Ele cita o SDBAC, que enumerando várias opiniões, não é dogmático acerca de nenhuma delas.

Ele cita, ainda, inúmeros autores e interpretações diferentes, variadas suposições, mostrando que o tema é, por sua natureza, polêmico e que não existe a seu respeito definição conclusiva.

Existem evidentes contradições no estudo em questão. Segundo ele a besta que subiu do mar, do capítulo treze e a besta do capítulo dezessete são diferentes. Ele afirma que aquela se refere à parte histórica, ou seja, os 1.260 anos da primeira hegemonia papal, enquanto esta representa a manifestação futura do anticristo.

Pelo fato de ter sido publicado há mais de sete anos não acredito que o autor mantenha hoje o mesmo ponto de vista.

O capítulo treze não comporta hoje uma interpretação que não seja o momento atual e o futuro imediato, com o cumprimento da predição sobre o segundo domínio absoluto e hegemônico que resultará na intolerância e perseguição da besta romana, unida à besta americana da segunda parte do capítulo treze.

 Ele mistura, em sua matéria, acontecimentos pós-milênio, mencionados em apocalipse 19 e 20 com os dos capítulos dezessete e dezoito, relacionados ao juízo da Grande Babilônia.

Ele afirma (pag. 35 e 36) que a meretriz, as águas, as cabeças e os chifres são identificados no capítulo dezessete e que a única entidade que não é identificada é a besta (Apocalipse 17:8-9a).  Ela está identificada, sim, no capítulo!  Observe: “A besta que era e já não é, é o oitavo rei, e vai à perdição” (Apocalipse 17:11-NVI, destaques acrescentados para melhor compreensão). O sujeito do período é a besta. O complemento nominal é o oitavo rei. Claro como o sol. Costuma-se dizer que o pior cego é aquele que não quer ver.

Ele evoca princípios subjetivos e pessoais de autores ilustres para justificar sua opinião.

Jon Paulien, Kenneth A. Strand e outros ilustres autores não podem ser utilizados como sendo argumentos infalíveis e incontroversos. São humanos e além disto, contraditórios.

O argumento de que se vale para justificar o “pouco tempo” da suposta sétima cabeça como sendo o papado, validaria qualquer tipo de doutrina dentro da especificidade bíblica. Por qual razão o profeta iria utilizar-se da expressão “pouco tempo” para se referir ao maior de todos os períodos? Parece ilógico e incongruente.

As formas de governo apresentadas como as cabeças também são inconsistentes. Alguns incluem ou excluem as “cabeças” tribunos e triúnviros como sendo ou não sendo formas de governo. Evidentemente a interpretação fica fragilizada.

Quando procuram representar as cabeças como sendo nações inimigas do povo de Deus, buscam num passado remoto, antes mesmo das predições de Isaías, Jeremias e Daniel, o Egito e a Assíria, como fazendo parte destas cabeças. Analisando friamente estas hipóteses, elas parecem uma tremenda “forçada de barra”.

Finalmente, com a devida vênia, o resumo sugerido me parece uma piada. Não apenas pelo fato de afirmar que as bestas não representam o mesmo poder e pior, representar a besta de Apocalipse dezessete, claramente uma entidade contemporânea e com atuação no futuro próximo, como algo intertemporal, com início há quase quatro milênios e final após o milênio bíblico.

O gráfico apresentado é, a meu ver, simplesmente ridículo.

A resposta a estas dúvidas virá rapidamente. Os acontecimentos preditos virão logo em rápida sucessão. O carisma, poder e domínio do próximo papa dirão se ele é ou não o personagem que protagonizará os eventos finais da profecia bíblica e dará cumprimento aos solenes e terríveis acontecimentos que antecederão a volta de Jesus.

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