sexta-feira, 22 de março de 2013

3. ORIGENS: A Criação, a vida e a morte


Os primeiros capítulos da Bíblia se referem às origens. A origem da vida na terra, a criação da natureza, dos animais e do homem. Tudo foi criado para o homem - obra-prima de Deus - criado à Sua imagem e semelhança. Ele foi criado perfeito e não deveria ter experimentado a morte, que não existia no plano original de Deus. 



Deus criou todas as coisas pelo poder da Sua Palavra: “Pela Palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo Espírito de Sua boca. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Salmos 33:6 e 9). Uma única coisa não foi criada pelo poder da Palavra de Deus: O homem. Não posso compreender a razão, mas ao criar o homem para dominar sobre todos os seres que havia criado antes dele por Sua palavra, Deus o fez de forma diferente.  

Esculpindo um boneco do barro, Deus construiu o corpo do homem como uma obra de arte. Depois, o divino Artífice assoprou no nariz de sua obra de escultura o espírito ou o fôlego de vida. E aquela obra de arte foi transformada em um ser vivo. Era o primeiro homem. Ou, como ensina a Bíblia Sagrada, aquele boneco se transformara numa “alma vivente”, como está escrito: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7). O propósito de Deus era que sua descendência se multiplicasse e enchesse a terra de seres perfeitos, felizes e imortais.

Também não compreendo o porquê do propósito divino, mas todas as coisas na terra, os seres vivos e o ambiente para recebê-los, foram criadas em sete dias literais. Os seis primeiros dias foram utilizados pelo Criador para executar todo o Seu propósito, pré-existente em Sua sabedoria infinita. As Escrituras Sagradas declaram: “Assim os céus e a terra, e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a Sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a Sua obra, que Deus criara e fizera” (Gênesis 2:1-3).

Não se pode conceber a ideia de que Deus possa Se cansar ou esquecer-Se ou Se arrepender de qualquer coisa, mas a Bíblia Sagrada utiliza muitas vezes estas expressões para transmitir uma ideia do que Deus deseja que compreendamos, na realização de Seus propósitos. Ao abençoar e santificar o dia sétimo Ele o tornou um sinal de adoração para o primeiro casal e sua descendência. Era a primeira instituição perpétua que lembrava à criatura o estupendo feito da criação, que ela jamais deveria esquecer. A outra, o casamento: “Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gênesis 2:24). Estas duas instituições têm a sua origem ainda no Jardim do Éden.

Nada foi esquecido por Deus para a felicidade de Suas criaturas. Ele proveu alimentação abundante e variada para todos os seres criados, nos frutos da terra e na erva verde (Gênesis 2:29 e 30). O primeiro casal era perfeitamente feliz. E uma única condição foi estabelecida pelo Criador, para que a raça humana enchesse a terra e vivesse eternamente, sem ter nem mesmo a propensão para o mal: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:16 e 17).

Nenhuma das criaturas de Deus, em todo o universo e em todos os tempos, foi criada para a morte. Todas foram criadas para a vida, que é a bênção com que Ele compartilha a suprema felicidade com os seres que criou, tendo como única motivação o amor. Deus é a fonte - a única fonte - da vida. Toda a vida procede de Deus. Não existe relato de que tivesse havido morte antes, em todo o universo. Daí, a solenidade da advertência. 

Entretanto, o anjo rebelde que havia sido precipitado na terra decidira frustrar o plano de Deus e empenhou-se em lançar em desgraça a raça recém-criada. Satanás, o adversário de Deus, travestido numa serpente, conseguiu enganar a Eva, induzindo-a ao erro, à desobediência, ao pecado. Dirigindo-se a ela, perguntou-lhe: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gênesis 3:1-5).

Existe um profundo abismo entre o que Deus afirmou e o que Satanás atrevidamente contestou. Deus disse: “Certamente morrerás”! Satanás contradisse as palavras do Senhor, afirmando: “Certamente não morrereis”! Quem estava falando a verdade? O próprio Senhor Jesus disse claramente que Satanás é “mentiroso e pai da mentira” (João 8:44). Então por que será que a maioria das pessoas no mundo, ainda hoje, continua acreditando nas palavras do diabo e desprezando as palavras de Deus? 

Deus, que não muda e não mente, continua a dizer por meio de Sua Palavra, as Santas Escrituras: “A alma que pecar, essa morrerá”! (Ezequiel 18:4 e 20). E dos púlpitos da cristandade, em todo o mundo, ainda hoje ecoam as palavras de Satanás: “Certamente não morrereis. Ou, a alma que pecar ou que transgredir a lei, que desobedecer, certamente não morrerá; ela viverá eternamente – em gozo ou sofrimento – no céu ou no inferno”! Foi o grande enganador que proferiu o primeiro sermão sobre a imortalidade da alma que, repousando unicamente em sua mentira, é pregado dos púlpitos da cristandade e é aceita pela maior parte da humanidade como o foi pelo primeiro casal. Isto nada mais é do que a firme contradição ao que Deus afirmou. 

Pela desobediência, o primeiro casal acarretou sobre si e sobre toda a terra a maldição do pecado, a corrupção e a morte. Realmente as palavras de Satanás se cumpriram no que diz respeito a terem os desobedientes os seus olhos abertos, mas para discernir a sua loucura. Comendo do fruto proibido o casal perdeu a imortalidade prometida. Deus declarou que, como pena do seu pecado, o homem voltaria à terra, donde fora tirado: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porquanto dela foste tomado. Porquanto és pó, e em pó te tornarás” (Gênesis 3:39). 

Não podemos senão nos admirar do estranho fascínio que tão crédulos torna os homens com relação às palavras de Satanás e tão incrédulos com respeito às palavras de Deus. Unicamente por meio de Jesus, o Cordeiro de Deus, a imortalidade pode ser obtida. O próprio Senhor afirmou: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida” (João 3:36). 

Deus não abandonou seus filhos à condenação da morte eterna. Mesmo tendo que morrer em consequência da condenação pelo pecado, foi-lhes prometida nova oportunidade para viver. Mas o preço que teria que ser pago pelo pecado seria caríssimo. Era a vida do próprio Criador.

OBSERVAÇÃO: Esta é a terceira parte dos estudos intitulados O EVANGELHO ETERNO, que pretende fazer um resumo do plano da redenção do homem, conforme relatado na Bíblia Sagrada. As duas anteriores podem ser acessadas a partir do título disponíuvel na barra de menus.

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