O anúncio e a apresentação do novo papa levaram a multidão
que lotava a Praça de São Pedro ao delírio. Ao som ensurdecedor dos aplausos e
do êxtase de milhares de pessoas, a Cidade-Estado do Vaticano apresentou o seu
oitavo governante ao mundo. Arcebispo de Buenos Aires, o jesuíta D. Giorgio
Bertoglio, aos setenta e seis anos de idade tornou-se o oitavo soberano do
jovem Estado, fundado em 11 de fevereiro de 1929, sob os auspícios do Tratado
de Latrão e que está encravado na milenar cidade de Roma, conhecida como a
Cidade Eterna, a Cidade das Sete Colinas.
Este é um papa especial, podem anotar! Não conheço sua
história pessoal, sua vida, seu caráter. Mas conheço o personagem que a partir
de agora ele passa a encarnar, pois ele está revelado no último livro da Bíblia
Sagrada. O Apocalipse, usando de símbolos e figuras, é como um quebra-cabeça
que ao ter suas peças devidamente encaixadas delineiam em um quadro assombrosamente
nítido o que Deus revelou com milênios de antecedência.
No capítulo treze do Apocalipse este papa começa a ser
identificado, juntamente com a instituição que agora ele passa a liderar. O
apóstolo João viu esta instituição simbolizada por um estranho animal que possuía
sete cabeças e dez chifres, relacionando-a com os quatro grandes impérios
mundiais que a antecederam, cujo relato está no também profético livro de
Daniel, no Antigo Testamento.
Esses impérios, cuja história foi dada a conhecer no passado
remoto, são Babilônia, Média e Pérsia, Grécia e Roma. Não há o que discutir. A
História já teve cumprimento. Esses impérios foram nominalmente citados antes
de serem estabelecidos e subvertidos e foram representados também por estranhos
animais.
Quando João viu e relatou a aparência do animal que subia do
mar e que representa a ascensão de um poder político e religioso que se
levantaria na terra (Ap. 13:1) ele apresentava características dos quatro
impérios do passado, indicando com isso que absorvera influências de todos
eles. Nada mais verdadeiro do que o que está escancarado de maneira
indiscutível: Todas os ensinamentos e
fundamentos da instituição referida estão edificadas sobre as doutrinas e
filosofias dos babilônios, persas,
gregos e romanos, sincretizadas num corpo doutrinário evidentemente copiado
desses ensinamentos pagãos.
Roma começou a dominar o mundo após a Batalha de Pidna, em
168 a.C., quando os romanos venceram os gregos e começaram a exercer domínio sobre
o mundo de então. Em 476 d.C. essa hegemonia cessou com a queda do império do
Ocidente. As dez nações bárbaras responsáveis pela derrocada romana
estabeleceram politicamente o que hoje conhecemos como a Europa moderna.
Três daquelas nações foram dizimadas sob a influência e
mando de um poder que se levantou no mundo – o papado – e que a partir do ano
de 538 d.C. tornou-se o maior poder dominante em todo o mundo então conhecido.
Este poder permaneceu absoluto e hegemônico por exatos 1.260 anos, chegando ao
termo em 1.798, por influência direta do imperador de França, Napoleão
Bonaparte.
Enquanto dominou o mundo o papado mudou o Evangelho Eterno
de Nosso Senhor Jesus Cristo. Desviando-se dos ensinos das Escrituras ele
adotou a Tradição como norma de fé, mudou os mandamentos da lei de Deus, adotou
princípios do paganismo, perseguiu e matou milhões de pessoas que se lhe
opunham, sob o pretexto de heresias. A chamada Santa Inquisição escreveu a mais
trágica e vergonhosa página da história humana em todos os tempos.
A disputa pelo mais cobiçado e mais importante cargo do
mundo provocou incontáveis cenas de corrupção através dos séculos. Mentiras,
assassinatos, devassidão, a história do papado está tinta do sangue de mártires
e da prática de simonia, a prática da venda de coisas sagradas por interesses
mesquinhos e inconfessáveis. Mas a despeito das brigas e percalços esse poder
se manteve hegemônico até à data citada, em que perdeu a hegemonia e o trono
pontifício.
Dois anos depois este foi recuperado, mas sem o brilho e
poder que antes desfrutara. A partir de 1.800, por acordo firmado com o
imperador francês, o pontífice romano ficou a ele submisso e dele dependente.
Perdeu a hegemonia, mas conservou os domínios papais, conhecidos por “Patrimônio
de São Pedro”, que abrangiam a posse e domínio de inúmeras cidades e terras,
inclusive a cidade de Roma.
Mas no ano de 1.870, em consequência da revolução que
resultou na unificação da Itália, o papado perdeu também para o Rei Victor
Emanuel a cidade de Roma e os domínios materiais que detinha. Nas duas ocasiões
– em 1798, quando perdeu a hegemonia, e em 1.870, quando perdeu os seus
territórios – se cumpriu a profecia que dizia que aquele animal que João vira –
que ele chama de “besta” foi como que ferida de morte.
Mas ferida de morte não significa que estivesse morta. Logo
a seguir ele afirma que “a sua ferida
mortal foi curada e toda a terra se maravilhou após ela” (Apocalipse 13:3).
É necessária uma pequena pausa, para que o tema possa ser perfeitamente
entendido. O capítulo dezessete do mesmo livro fala do mesmo poder e dá-lhe
nova dimensão, ajustando as peças do quebra-cabeça e tornando o que parecia
obscuro e difícil de entender, de uma clareza meridiana.
O verso primeiro do capítulo dezessete remete o profeta a
uma perspectiva futura, relatando já a condenação da instituição que é objeto
deste estudo. Para não deixar nenhuma dúvida a respeito do que está falando, o
anjo revelador detalha em três diferentes dimensões o alcance do poder que
pretende identificar.
Primeiro ele fala de uma igreja – instituição que a profecia
bíblica simboliza por uma mulher – depois da cidade onde ela está situada, e
finalmente de sete reis que dominaram sobre ela. Mas não satisfeito com as informações
ele acrescenta de maneira direta, enfática, de molde a não deixar dúvidas, que
o personagem central em quem irão se cumprir todos as especificações da solene
revelação, é o oitavo rei de uma relação que já mencionara os sete precedentes,
dando a informação adicional de que este oitavo pertence à mesma classe
daqueles sete. Repetindo e explicando:
A igreja-mulher referida (Apocalipse 17:1) é a Igreja
Católica Apostólica Romana. Estar assentada sobre muitas águas significa que o
seu domínio se exerce sobre “povos, e multidões, e nações e línguas”
(Apocalipse 17:15). A relação promíscua com os reis da terra mostra o
intercâmbio de interesses corruptos sobejamente alardeados, notícias de
escândalos financeiros, políticos e sociais. A cor púrpura e escarlata (vermelho
vivo) de que se veste e o ouro, as pedras preciosas e as pérolas com que se
adorna são sinais inequívocos que identificam a sua pompa e riqueza. Ao olhar o
colégio de cardeais dentro da Capela Sistina um observador sincero não terá
nenhuma dúvida a respeito do que o profeta escreveu.
Além disso, ele acrescenta que a mulher-prostituta tinha em
sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição
e que ela é a grande Babilônia mística, a mãe das prostituições e abominações
da terra. Palavras terríveis que mostram o vinho abominável como a adulteração
dos límpidos princípios do Evangelho de Jesus, modificados por rituais pagãos e
ensinamentos que são doutrinas de demônios. Pior do que isto, o profeta viu a
prostituta embriagada com o sangue dos mártires, das testemunhas de Jesus, que
darão sua vida em defesa da fé, assim como aconteceu nos séculos de trevas e
perseguição medievais.
A instituição está identificada. A cidade sobre que ela está
assentada ou de onde exerce o seu domínio é identificada como tendo sido
edificada sobre sete montes ou colinas. Existem inúmeras cidades no mundo que
possuem sete colinas, mas nenhuma tão famosa ao ponto de ser objeto de
propaganda turística como a cidade de Roma. E mais, ainda, da perspectiva
temporal do profeta ao receber sua incumbência, ele escreveu: “E a mulher que
viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra” (Apocalipse 17:18). A
cidade é Roma, sem dúvida.
Mas, diferentemente do que aconteceu com a cidade de Roma no
passado, como estava escrito e se concretizou na história passada do papado,
descrita conforme o profeta Daniel anunciara, o profeta do apocalipse está
falando não de Roma, a cidade em si, mas de um reino ou um Estado político
independente encravado dentro da milenar cidade de Roma, ou seja, o jovem Estado
do Vaticano.
Roma é a capital da República da Itália. A cidade do Vaticano é a capital da monarquia de mesmo nome. Esta é a realidade e é fundamental para o entendimento da profecia e do seu cumprimento histórico.
Roma é a capital da República da Itália. A cidade do Vaticano é a capital da monarquia de mesmo nome. Esta é a realidade e é fundamental para o entendimento da profecia e do seu cumprimento histórico.
Já identificamos a cidade e a instituição. Mas a profecia
fornece mais informações adicionais. Ela diz: “As sete cabeças são sete montes,
sobre os quais a mulher está assentada. E são também sete reis: cinco já
caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure
pouco tempo” (Apocalipse 17:9-10).
PRIMEIRO: Pio XI, italiano chamado Ambrosio Damiano ACHILLE RATTI, que pontificou – ou reinou – de 06/02/1922 a 10/02/1939;
SEGUNDO: Pio XII, italiano chamado EUGENIO Maria Giuseppe Giovanni PACELLI, governou o Vaticano de 02/03/1939 a 09/10/1958;
TERCEIRO: João XXIII, italiano nascido ANGELLO Giuseppe RONCALLE, reinou de 28/10/1958 a 03/06/1963;
QUARTO: Paulo VI, italiano de nome GIOVANNI Batista Enrico Antonio Maria MONTINI, pontificou de 21/06/1963 a 06/08/1978;
QUINTO: João Paulo I, italiano chamado ALBINO LUCIANI Tancon, afável e humilde, conhecido por “papa do sorriso” governou apenas durante trinta e três dias, havendo fundadas suspeitas de haver sido assassinado por sua firme postura em elucidar a corrupção no clero e irregularidades no Banco do Vaticano, dentre outras.
SEXTO: JOÃO PAULO II, o polonês KAROL Joséf WOJTYLA foi o maior papa da história, consideradas a influência que exerceu no mundo, a extensão do seu pontificado e a valorização da figura papal como líder mundial atual. Seu reinado carismático foi de 16/10/1978 a 02/04/2005. Segundo esta interpretação era a este papa que o apóstolo da Revelação se referia ao escrever: UM EXISTE! (Ap 17:10). Ele influenciou decididamente a política mundial, responsável direto que foi pela queda do muro de Berlim e do comunismo na Europa, de modo particular e em todo o mundo, de modo geral.
SÉTIMO: BENTO XVI, Alemão, chamado JOSEPH Alois RATZINGER, seu pontificado começou em 19/04/2005 e deverá terminar em 28/02/2013, tendo anunciado sua vontade de renunciar ao cargo coincidentemente no mesmo dia em que foi assinado o tratado de Latrão: 11 de fevereiro. Ele é o rei que ainda não era vindo, na ocasião do cumprimento da profecia, segundo esta interpretação e que, de acordo com ela, teria um curto pontificado.
Muitas profecias somente são entendidas por ocasião do seu cumprimento. Assim é que a profecia das 2.300 taardes e manhãs (Daniel 8:14) que inequivocamente apontou para o início do juízo no Santuário Celestial, que no cerimonial típico se cumpria no solene dia da expiação e era celebrado anualmente pela nação de Israel, não foi entendida senão imediatamente após o seu cumprimento. Apesar de a profecia estar correta, os expectantes estudiosos estiveram enganados quanto ao evento. Aguardando com entusiasmo e sinceridade a volta de Jesus eles se esqueceram de importantes aspectos das Escrituras que contrariavam aquela expectativa.
Assim, de acordo com este entendimento, o cumprimento da profecia no sexto rei – João Paulo II – cumpriu-se com aquele papa, o maior da história, que restaurou a importância do papado e fez com que “toda a terra se maravilhasse após a besta” (Apocalipse 13:3). Por sua influência o Estado do Vaticano reatou relações diplomáticas com os Estados Unidos, deu um golpe mortal no comunismo mundial, arrastou multidões como nunca na história humana, tornou-se um superastro, cantado e decantado pela mídia internacional. Nunca houve até aqui nenhum personagem na História que arrastasse com seu carisma tanta gente como o fez esse papa. É impossível não se enxergar nele o cumprimento da especificação da profecia.
O sétimo papa mesmo sem o brilho do seu antecessor deu seguimento à ascensão do prestígio do Bispo de Roma, sendo inegável que o seu reinado durou pouco tempo.
O mais importante indicativo da profecia está no verso onze, para que não restasse nenhuma dúvida com relação a qual personagem o profeta se referia ao mencioná-lo como aquele em quem se cumpririam as solenes profecias do livro do apocalipse. Por esta razão a ênfase está no OITAVO REI. A profecia afirma que A BESTA É O OITAVO REI. (Apocalipse 17:11-Almeida Contemporânea, NVI, Bíblia Hebraica Completa etc.). O que faltava então era identificar o oitavo rei, para saber a identidade da besta que irá à perdição. A análise sintática do período responde gramaticalmente a questão: O sujeito da frase é "a besta" e o complemento nominal ou a resposta ao questionamento é "o oitavo rei". Só não compreenderá quem não quiser.
Pois bem, ele - o oitavo rei - está identificado. Seu nome de batismo é JORGE MARIO BERGOGLIO e deverá adotar o título papal de FRANCISCO I. É jesuíta e parece pertencer a uma corrente radical. Carismático e de hábitos simples ele tem uma árdua tarefa pela frente. Mas, não importa quem ele seja e qual a sua origem ou princípios filosóficos. O que importa é o que ele representa na nova ordem mundial e o que a Palavra de Deus antecipa a seu respeito, nos solenes acontecimentos que virão em breve sobre o mundo. Eis alguns dos principais:
1 - Ele será elevado à condição de líder mundial pelo G-10 (Apocalipse 17:12-13), grupo que substituirá em muitos aspectos, os atuais G-8, G-20, BRICS etc., dando cumprimento ao que o papa Bento XVI “aconselhou” em sua principal encíclica “Caritas in Veritate”, para que o mundo tenha um líder supremo que controle a economia e outros fundamentos, a fim de evitar catástrofes e tragédias sociais, entre outros aspectos invocados.
2 – Ele executará o que o papa JOÃO PAULO II também “aconselhou” em sua principal encíclica “Dies Domini”, como uma indispensável necessidade para a humanidade, a observância de um dia de guarda único para todo o mundo – o domingo. A recusa de grupos que se opuserem provocará a maior perseguição jamais contemplada pelo mundo até agora.
3 – Ele se unirá num mesmo intento com o evangelicalismo americano de direita, o qual irá influenciar o governo no estabelecimento de leis severas que promoverão a intolerância religiosa contra os que se opuserem contra as medidas anticristãs que serão determinadas pelo poder civil, que se unirá ao poder religioso.
4 – Ele desejará e receberá adoração universal (Apocalipse 8).
5 – Ele será finalmente vencido, seu poder destruído e será levado à perdição, com todo o clero corrupto que o acompanha. Não haverá quem o socorra (Apocalipse 17:14-17; Daniel 12:45).
Muitos solenes e estarrecedores acontecimentos serão patrocinados por seu pontificado. Mas o propósito desse resumo é para alertar e advertir as pessoas a buscarem o conhecimento através do estudo da Bíblia Sagrada.
Esta é apenas uma opinião. Os próximos acontecimentos darão a resposta, a ver se ela procede ou não.
Gostaria de desejar ao papa eleito um feliz pontificado. Mas, conhecendo as profecias e sabendo dos dias sombrios que se avizinham e as atrocidades que sob seu pontificado irão acontecer só me resta repetir as palavras que Jesus proferiu, conhecendo de antemão os propósitos de Judas, o Iscariotes, que o haveria de trair: “O que tens que fazer, faze-o depressa” (João 13:27).
O momento que vivemos é histórico e representa o início do tempo do fim. É hora de reflexão e de prepararo para o dia da vinda do Senhor Jesus. O Seu conselho para cada um de Seus filhos é: "Acautelai-vos por vós mesmos, para que não aconteça que os vossos corações se sobrecarreguem de glutonaria e de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos pegue de surpresa, como uma armadilha" (João 21:34).
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