Pense em um mundo em que todos fossem amigos sinceros e que se amassem cordialmente, desejando cada um o melhor para o outro e todas as pessoas fossem puras, sinceras e verdadeiras, e onde não existisse nelas o engano e a mentira, nem mesmo a tendência para o mal, que seria repudiado por todos...
Acrescente
ainda se não existisse nele pobreza, doença, velhice e morte. E que o seu supremo
governador fosse juiz justo e misericordioso e que tivesse como propósito maior
o supremo bem e a completa felicidade dos seus governados a quem amasse como
filhos diletos!
Um mundo como
este parece uma utopia, não é verdade? Mas não é. Ele existe na imensa vastidão
do cosmo infinito. Apenas o nosso pequeno planeta azul é como “a ovelha
perdida” da parábola de Jesus e serve como palco e ensino para todos os seres
inteligentes do Universo.
O ideal do
Criador para a Terra e seus habitantes foi subvertido e nosso mundo se
transformou na condição lastimável que contemplamos hoje. Mas como e por que as
coisas aconteceram assim? É possível dar uma explicação racional e lógica que
possa ser entendida ou pelo menos estudada por pessoas inteligentes e
racionais?
A Bíblia
Sagrada oferece esta explicação. Mas, surpreendentemente ela nem sempre caminha
no mesmo sentido das crenças tradicionais, de ensinos de religiões populares e diverge
de algumas teorias científicas. Mas ao final você verá que não existe conflito
entre a verdadeira religião e a verdadeira ciência, pois ambas têm o mesmo
Autor.
Se você tiver
a paciência eu terei o prazer de tentar explicar o que, na realidade, não é tão
complicado. O maior problema é que esse tema tem sido muitas vezes manipulado
por interesses diversos e sofre ferrenha oposição quando eles são contrariados.
É ínfima a
porcentagem das pessoas que aceitam estudar assuntos que podem modificar
ensinamentos antigos e profundamente enraizados, mesmo que errados. Mas é
importante saber que a religião ensinada por Jesus Cristo nunca foi uma
religião popular e cômoda. Ela ensina a renúncia de muitos comportamentos e
tradições que hoje caracterizam as religiões tradicionais, acostumadas ao
poder, riqueza e honra mundanos.
Pessoas e
instituições modificam e interpretam à sua maneira muitos textos bíblicos,
dando-lhes sentido diferente, que inevitavelmente conduzem à incredulidade,
incoerência e confusão. Se a verdade bíblica tem um mesmo autor não se concebe
que haja divergência em seus conceitos. Se existir erro, ele está nos seus
intérpretes.
“Examinai as
Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim
testificam”. Estas palavras foram proferidas por Jesus e estão no Evangelho
Segundo S. João (5:39). Quando foram pronunciadas não existia o Novo
Testamento, que somente começou a ser escrito mais de trinta anos depois. Isto
é um indicativo seguro de que as Escrituras a que Ele se referia eram o que nós
conhecemos hoje como Antigo Testamento.
É necessário
que fique bastante claro que o Novo Testamento é um relato da vida e obra de
Jesus, anunciados no Antigo Testamento e resumidos nos quatro evangelhos e nas
experiências dos seus discípulos e seguidores, relatados nos atos dos
apóstolos, nas diversas cartas de orientação enviadas por diversos deles e no
livro da Revelação, comumente chamado no Brasil de Apocalipse.
É importante
esclarecer que hoje a Bíblia está dividida em capítulos e versículos, que
facilitam o seu estudo e memorização. Não existia esta separação e nem havia
pontuação ou acentos, no texto original. Eles foram sendo incluídos e
incorporados, ao longo do tempo, nas diversas traduções para diferentes idiomas.
Muitas interpretações diferentes foram dadas a um mesmo texto, para atender aos
entendimentos dos tradutores ou aos seus interesses.
Apenas como
exemplo preliminar, cito a palavra “inferno”, que não existe no original
bíblico. Ela foi emprestada da cultura pagã e definitivamente incorporada ao
vocabulário bíblico pela romanização do cristianismo, como pretendo detalhar
mais adiante.
Fiz estas
considerações para afirmar que este estudo será baseado somente na Bíblia
Sagrada e na História Universal. E o grande propósito é tentar explicar o maior
mistério que assombra e angustia os seres humanos: a natureza do homem e a vida
além da morte, bem como falar sobre a restauração do propósito original de Deus
e a reintegração do homem e da Terra no Seu Reino Universal.
OBSERVAÇÃO: Toda semana, aos domingos, pretendo postar nova matéria sobre esse assunto. Ficarei agradecido pela participação crítica de quantos as lerem, com sugestões, críticas etc. Os textos poderão ser visualizados no menu principal sob o tema EVANGELHO ETERNO.
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