A Bíblia começa assim: “No
princípio criou Deus os céus e a Terra” Gênesis 1:1. Acredito que esta frase
expresse dois momentos: A criação do Universo, numa ação primária, original,
que a ciência chama de Big Bang, também conhecida em português por Grande Explosão, que é a teoria
cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do universo. E num segundo
momento, bilhões de anos depois, a criação da vida na terra e do ambiente para
recebê-la, em suas diversas formas e espécies.
Em termos matemáticos é
impossível a grande explosão nomeada Big Bang por
geração espontânea, sem uma causa para o seu efeito e sem parâmetros que a
justificassem. Não podemos também explicar a natureza e a existência de Deus,
como Autor do Big Bang. Nos dois
casos precisamos acreditar num fator que foge à razão, a que podemos chamar de fé. Vou exercitar a fé no primeiro
caso, atribuindo a Deus a autoria da criação do universo, sem me deter em
outros questionamentos de natureza filosófica ou de qualquer outra natureza.
É difícil afirmar
com segurança quando se deu esta grande explosão, mas isto não tem muita
importância para este estudo. Suponhamos que ela tenha ocorrido há, digamos, cerca
de 13,5 bilhões de anos, como estima a ciência. A partir daí, então, vieram à
existência as dimensões conhecidas, como a matéria, o tempo e o espaço – suas
leis rígidas, fixas, imutáveis, que as regem - e possíveis dimensões que não
conheçamos.
Se existe Deus e se Ele é o Criador, necessariamente Ele é superior
à matéria e não pode estar sujeito a qualquer outra dimensão por ele criada.
Entretanto, o Ser
que Se revela na Bíblia é justo e misericordioso em Sua essência e tem um
caráter imutável, baseando seu governo em princípios e leis também imutáveis,
tanto as físicas como as morais.
Existem, somente no Universo conhecido, bilhões de galáxias. Cada galáxia possui bilhões de estrelas, com seus planetas e satélites girando, todos, em torno do núcleo central do Universo, Capital desse Reino universal, que chamamos de Céu e onde está o palácio do Grande Rei.
Existe vida inteligente e imortal em todo o
Universo. Deus tem exercido o seu atributo de Criador, proporcionando vida e
felicidade a incontáveis seres resplandecentes, compartilhando com Suas
criaturas o maravilhoso dom da vida.
A Bíblia chama de
anjos e mensageiros de Deus àqueles seres que habitam na Capital do Seu reino
universal e são os encarregados de executar a Sua vontade e propósitos, a
administração do Seu governo em todo o Seu vasto império.
A Bíblia conta que
a paz e pureza do Universo foram quebrantadas pela rebelião de um anjo, o mais
poderoso, o mais inteligente e o mais honrado de todos eles, chamado de
Lúcifer, o “Portador de Luz.” A Bíblia afirma que ele era chamado de “Estrela
da manhã, filha da alva” e que ele era cheio de sabedoria e perfeito em
formosura, coberto de pedras preciosas preparadas no dia festivo em que foi
criado. Ele era um querubim ungido e assistia diante do trono de Deus, ocupando
na hierarquia celestial o lugar imediatamente abaixo do Ser que foi chamado de
Jesus quando esteve aqui na Terra. (Isaías 14:12; Ezequiel 28:12-15).
Desejando ocupar o
lugar do Filho de Deus, rebelou-se contra o Altíssimo, acusando Sua lei de
injusta, Seu governo de autoritário e restritivo das liberdades. Desejou
exaltar um trono acima de todos os anjos, em direto desafio ao Criador. (Isaías
14:13-14; Ezequiel 28:17).
“E houve batalha no céu: Miguel (Cristo) e os Seus
anjos batalhavam contra o dragão, e batalhava o dragão, e os seus anjos; Mas
não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o
grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o
mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele”. Apocalipse
12:7-9.
A referência a Satanás como a antiga serpente está no início da
história do homem na Terra, quando o anjo rebelde incorporou-se mediunicamente
numa serpente e causou a queda do primeiro casal (Gênesis 3:14-15). Este será o
tema do próximo assunto.
Ao ser precipitado
na Terra Satanás deu início à sua obra em frustrar o propósito de Deus de
povoar o nosso mundo com seres perfeitos, puros e imortais, na Terra
recém-preparada para receber a raça humana. Este é o paraíso mencionado na
Bíblia, o Éden preparado por Deus relatado na Bíblia, para abrigar nossos primeiros pais e sua
descendência.
Este seria, então, o mundo sem
inimizade, egoísmo, maledicência, orgulho, inveja, ciúme e disputas... Um mundo
sem pecado!
OBSERVAÇÃO: Esta é a segunda parte do estudo que está sendo desenvolvido e postado neste blog e pode ser visualizado no menu principal sob o tema EVANGELHO ETERNO. Solicita-se a análise crítica dos leitores e a manifestação de opiniões que venham a enriquecer o texto.
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