domingo, 31 de março de 2013
APOCALIPSE SIMPLIFICADO - Parte 2
O primeiro capítulo é a introdução do livro. E ele deve ser estudado como quem resolve um quebra-cabeça, ajuntando suas peças. É necessário que haja coerência e racionalismo para o seu estudo. O termo APOCALIPSE vem de dois vocábulos gregos: APO ocultar e CALIPSE descobrir. No Novo Testamento a palavra Apocalipse é registrada dezoito vezes. Em doze oportunidades é traduzida por revelação. Em nenhum caso foi ela traduzida por mistério ou ocultamento.
Nenhum outro livro da Bíblia foi tão solenemente apresentado ou introduzido. Em sua apresentação é claramente distinguida a sua origem e destino, quem o enviou e para quem é ele dirigido. Eis a sua apresentação: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu, para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João, Seu servo; bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” (Apocalipse 1:1 e 3).
Estão categoricamente afirmadas, nesta introdução, várias verdades que precisam ser claramente manifestadas. A primeira é que este é o livro da REVELAÇÃO.
A segunda, é que o Revelador é o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele Se apresenta entre sete igrejas simbólicas representadas por sete castiçais, que indicam sete períodos históridas da trajetória da igreja cristã desde os dias em que foi dada a revelação até à Sua volta, prometida e aguardada por todos aqueles que O aceitam como seu Senhor e Salvador.
A terceira é que esta revelação é destinada aos Seus servos. Para os outros, é um livro ininteligível, confuso e oculto. Servos Seus são todos os que, livremente O aceitam como seu Salvador, tornando-se pela fé vencedores com Cristo e obedientes a toda a Sua verdade revelada.
A quarta é que esta revelação não se referia a um futuro distante e intangível, mas, segundo a Palavra Sagrada, ela deveria brevemente acontecer. E, finalmente, não pode ser esquecida a bênção manifestada e que acompanha ao que lê, ouve e guarda as coisas que nela estão escritas. E é importante notar que é reiterada a mensagem: porque o tempo está próximo (verso 3).
João, chamado nas Escrituras de o Discípulo Amado, escreveu já em idade avançada as mensagens da Revelação em Patmos, uma inóspita, árida e rochosa ilha no Mar Egeu, para onde eram desterrados criminosos e inimigos do Império Romano. Ele foi para ali banido no ano 94 d.C., pelo imperador Domiciano, um dos maiores perseguidores e ferrenho inimigo do Cristianismo e que pretendeu destruir a fé cristã.
A época em que o Apocalipse foi escrito - final do primeiro século da era cristã - registra o apogeu do Império. Roma dominava então o mundo todo, com mão de ferro, e o imperador reinava sobre todos os reis da Terra.
É de importância fundamental que a atenção dos estudiosos se volte para um aspecto que não pode ser ignorado na profecia bíblica: O livro do Apocalipse retrata fielmente, como só a inspiração poderia fazê-lo, o mesmo poder registrado no livro de Daniel, ao referir-se ao Império Romano e ao poder anticristão que o sucedeu.
O Apocalipse registra apenas um dos animais mencionados por Daniel: o quarto, representativo de Roma. Por que razão os demais não foram mencionados? Pelo simples fato de que já tinham tido existência e cumprimento na história.
A profecia é o futuro descortinado pela presciência divina. O que Daniel viu e escreveu, estando no futuro, nos dias de João já pertencia ao passado. Os reinos de Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia já haviam passado, sido subvertidos, e pertenciam à História.
Dois aspectos fundamentais mencionados no primeiro capítulo são os que dizem respeito ao Revelador. Ele promete que virá com as nuvens e que todo o olho O verá (verso 7), repetindo e reiterando a Sua promessa feita inúmeras vezes de que voltará, em glória, para completar o plano da redenção. Ele voltará não mais como um homem de dores, pobre, humilde e sofredor, mas como o Rei dos reis e Senhor dos Senhores, cujo aspecto glorioso é retratado nos versos 14 a 16 do capítulo primeiro.
Ele, o Senhor Jesus Cristo, afirma que foi morto, mas que reviveu e está vivo para todo o sempre. Em seguida Ele proclama a essência do livro e a base de toda a Bíblia Sagrada: Que tem a chave da morte e da sepultura, isto é, em Suas mãos Ele tem o poder de trazer de volta todos aqueles que foram mortos, de todos os tempos e lugares, através da ressurreição, a mais extraordinária e maravilhosa de todas as verdades bíblicas. Eis suas palavras: “Eu sou o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do hades (Palavra grega que significa sepultura). Verso 18.
Assim começa o último livro das Sagradas Escrituras.
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