Talvez
seja impossível um perfeito entendimento das profecias bíblicas se não houver a
devida compreensão do significado dos períodos de tempo nelas relacionados.
Existem dois tipos de tempos, os chamados tempos ou períodos proféticos, e os
literais. Os tempos proféticos são os que relacionam um dia literal com um ano
profético, e que é conhecido por princípio dia-ano, conforme paralelo
estabelecido por textos como os expressos em Números 14:34 e Ezequiel 4:6,
princípio universalmente aceito pelos estudiosos da profecia bíblica.
O
tempo literal, como o próprio nome indica, interpreta-se literalmente.
O
Comentário Bíblico Adventista, comentando o texto de Apocalipse 10:7 em que o
Anjo do Concerto declara que “não haverá mais tempo”, relaciona esta afirmação
com o fato de que após o cumprimento da profecia que se refere à purificação do
santuário (Daniel 8:14) ou o início do juízo celestial, em 22 de outubro de 1.844,
não haverá mais tempo profético, que deva ser interpretado como dia-ano,
conforme o princípio enunciado, mas apenas períodos de tempo literais. “Após esta não
deverá haver nenhuma mensagem mais levando a um tempo definido. Nenhuma
profecia de tempo se estende para além de 1.844” (SDBAC...).
Desta
forma os períodos proféticos se dividem entre aqueles que se cumpriram antes ou até 1.844 e os que se
cumpriram ou serão cumpridos após
aquela data. Dentre os períodos relacionados com tempos proféticos,
interpretados como dias-anos, podem ser citados alguns principais:
1. Daniel 7:25 – “...e eles serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e
metade de um tempo” (Ver Daniel 11:13).
Este
é o período de tempo de 1.260 anos de hegemonia papal, que se cumpriu do ano 538
a 1.798, que permearam o cumprimento do decreto do imperador romano Constantino
e a deposição do papa Pio VI, por determinação do imperador da França, Napoleão
Bonaparte.
Observação importante: Esse mesmo período
está inserido em dois versículos (6 e 14) no capítulo 12 do livro de
Apocalipse, transcritos abaixo, capítulo este que abre um parêntesis no
encadeamento profético do livro e resume a história do grande conflito entre
Deus e Satanás, desde o seu início até ao final. Estes dois versículos representam
o único período profético mencionado
explicitamente no livro de Apocalipse e que deve ser entendido ou interpretado
pelo princípio dia-ano.
Observe-se
a harmonia e semelhança entres os dois textos, que representam, sem nenhuma
sombra de dúvida, um mesmo evento e situação:
2. Apocalipse
12:6 – “E a mulher fugiu para o deserto,
onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada
durante mil duzentos e sessenta dias”.
3. Apocalipse
12:14: “E foram dadas à mulher duas asas de grande
águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada
por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente”.
4. Daniel 8:14 – “E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o
santuário será purificado”.
Este
é o período de 2.300 anos, o mais longo da profecia bíblica, que foi iniciado
no dia 22 de outubro do ano 457 a.C., com o terceiro decreto que autorizava os
cativos hebreus a retornarem a Jerusalém (Daniel 9:25 e Esdras 7:12-13). Assinado
pelo rei persa Artaxerxes II, apelidado de Longímano, esse período terminou ou
teve pleno cumprimento no dia 22 de outubro de 1.844, com o início do juízo
celestial, que é o tema central das Sagradas Escrituras.
5. Daniel
9:24:27
– Profecia conhecida como as “setenta semanas de Daniel” relativas aos últimos
490 anos de graça ao povo hebreu como nação escolhida de Deus e que deveriam
ser “separadas” do grande período profético de 2.300 anos, cuja
última semana ou sete últimos anos levariam até ao Messias, anunciando a sua
unção ou batismo, ou o início do seu ministério terrestre, o que ocorreu no ano
27 da era cristã. Na metade da semana Ele foi morto, conforme a afirmação
profética. E ao final dela, no ano 31, completou-se o tempo, terminou o tempo
de graça ao povo judeu e teve início a pregação aos gentios ou o estabelecimento
da igreja cristã, o novo Israel mencionado na Bíblia Sagrada (Gálatas 3:9 e 29;
1 Pedro 2:9-10).
6. Daniel 12:7 – O período de tempo mencionado
nesse versículo é apenas referencial e diz respeito ao mesmo assunto
relacionado ao juramento do Anjo do Concerto, narrado em Apocalipse 10:5-7.
Ambos os textos versam sobre os futuros acontecimentos que terão lugar no
último tempo do fim, e que terão cumprimento no período em que for tocada a
sétima e última trombeta. Perguntado sobre quando
teria cumprimento o evento em questão o Anjo respondeu enfaticamente: “Depois de um tempo, de tempos e metade
de um tempo”, ou seja, em um período de tempo a ser cumprido depois do ano de 1.978, quando
esse período profético já tivesse acontecido. Para deixar mais claramente
explicado quando isso terá lugar, Ele acrescentou: “Quando tiverem acabado de destruir o poder do povo santo, todas estas
coisas serão cumpridas”. Como o profeta não tivesse entendido e insistisse
na pergunta (Verso 8) Ele determinou que se encerrasse o assunto, até o tempo
do fim, no futuro (verso 9), mas esclareceu o que então deverá acontecer, na
ocasião: “Muitos serão purificados, e
embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos
ímpios entenderá, mas os sábios entenderão” (Verso 10). Os dois versos
seguintes, referentes ao contexto desse futuro tempo de purificação,
embranquecimento e provação, a seguir transcritos, esclarecem esta importante
afirmação.
Pergunta: Quando isso acontecerá?
Resposta: No futuro, no tempo de angústia como nunca houve, desde que
existe nação, até àquele tempo (Daniel 12:1; Mateus 24:15-22; Marcos 13:14:20; Lucas21:20-26;
Apocalipse 13:7 e 15 e 14:13).
Por estas razões os períodos
relacionados nos importantes textos a seguir indicados parecem dever ser
interpretados literalmente:
7. Daniel
12:11 –
“E desde o tempo em que o contínuo
sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias”.
Este
período literal parece ter relação com os quarenta
e dois meses ou três anos e meio de Apocalipse 11:2 e 13:5, que serão
analisados no seu tópico. Acrescenta trinta
dias a esse período, e parece indicar a queda de Babilônia, ao seu
final. Seu início se dá
quando “for posta a abominação
desoladora”, no futuro. O final, a queda de Babilônia. Um
dos três fatos ou todos eles, simultaneamente, podem dar a partida para ele:
Primeiro: A data da mudança da sede
do Vaticano para Jerusalém, conforme está predito em Daniel 11:45. O texto de
Apocalipse 11:2 confirma que a cidade santa será pisada por 42 meses ou três
anos e meio.
Segundo: A data da escolha do papa
Francisco como líder mundial, pelo G-10 – as dez nações representadas pelos dez
chifres - conforme Apocalipse 17:12. O tempo de seu domínio, após essa escolha
oficial, será de 42 meses ou três anos e meio, reiterando o item anterior, conforme
está predito em Apocalipse 13:5, na restauração da hegemonia da besta que subiu
do mar.
Terceiro: A data da promulgação, pelo
governo dos Estados Unidos, do decreto que irá instituir por lei civil a
observância do domingo como dia obrigatório de guarda, sob pena de severas
sanções. Este ato representa a maior abominação que o homem pode executar em
oposição ao governo de Deus e em apoio ao rei do Vaticano, o líder mundial que
faz da instituição do domingo o grande sinal do seu poder e autoridade.
A abominação
desoladora, referida por Jesus (Mateus 24:15; Marcos 13:14 e Lucas
21:20), como o momento indicador da fuga dos perseguidos remanescentes que “guardam os mandamentos de Deus e a fé de
Jesus” (Apocalipse 14:12) em contraposição aos que “adoram a besta e a sua imagem e recebem o seu sinal” (Apocalipse
14:13), refere-se sem nenhuma dúvida a Roma, seu poder e influência. Dentre os textos
citados destaca-se o de Lucas, que afirma: “Quando
virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação”.
Foram os exércitos de Roma que deram cumprimento à profecia.
Ellen
G. White, referindo-se a isso, destaca:
“A
profecia que Jesus proferiu era dupla em seu sentido; ao mesmo tempo em que
prefigurava a destruição de Jerusalém, representava igualmente os terrores do
último grande dia” (O
Grande Conflito, pag. 25).
Ela
continua:
“Quando os estandartes idolátricos dos romanos
fossem arvorados em terra santa, a qual se estendia por alguns estádios fora
dos muros da cidade, então os seguidores de Cristo deveriam achar segurança na
fuga. Quando fosse visto o sinal de aviso, os que desejavam escapar não
deveriam demorar-se”
(Obra citada, pag. 27).
Mas,
assim como em muitas profecias de duplo cumprimento, a história vai se repetir.
A mesma autora prossegue:
“A
profecia do Salvador relativa aos juízos que deveriam cair sobre Jerusalém há
de ter outro cumprimento, do qual aquela terrível desolação não foi senão tênue
sombra. Na sorte da cidade escolhida podemos contemplar a condenação de um
mundo que rejeitou a misericórdia de Deus e calcou a pés a Sua lei” (Idem, pag. 36).
Jerusalém
já foi objeto de total destruição em duas ocasiões quando, afastando-se dos princípios
do Seu Deus caiu em terrível apostasia: Por meio de Nabucodonosor, rei de
Babilônia, no ano de 586 a.C. e de Tito, comandante do exército romano, no ano
70 da era cristã. Será a cidade santa destruída ainda uma vez? É o que parece!
Voltando
ao último versículo, podemos deduzir que os 1.260 dias nele mencionados se referem ao futuro, pois o
período tem início com a “abominação
desoladora”. Referida anteriormente em Daniel 11:31 ela remete ao poder
papal cuja hegemonia será retomada num futuro próximo por “uns braços” que bem
podem ser os braços do poder civil, que decretará
por lei humana a oposição à lei de Deus, na substituição oficial da guarda
do sábado do sétimo dia para o domingo do primeiro dia da semana.
Um
decreto dessa natureza deve ser visto como uma terrível abominação aos olhos
dos céus. A autora citada menciona na mesma obra, na página 607:
“Estendendo-se a controvérsia... a igreja apelará
para o braço forte do poder civil, e nesta obra unir-se-ão romanistas
e protestantes. Ao tornar-se o movimento em prol da imposição do domingo mais
audaz e decidido, invocar-se-á a lei contra os observadores dos mandamentos”
(Destaques acrescidos).
Muitos
têm crido que este período cumpriu-se no passado, no ano de 508, com a
conversão do rei Clodoveu, dos Francos e na derrota que ele infligiu ao rei
Alarico II dos Visigodos, na Batalha de Vouillé.
Notas importantes:
Primeira: Esta interpretação
originou-se de uma simples operação de subtração. Tomando-se como base o ano do
fim do período de 1.260 anos
de hegemonia papal que ocorreu em 1.798 e diminuindo-se dessa data aquele
período, obtém-se o ano de 508. Procurando um acontecimento histórico naquela
data que justificasse o suposto cumprimento da profecia, nenhum evento importante
foi encontrado, mas somente encontraram os eventos citados que, entretanto, não
ocorreram no ano em questão.
Segunda: A conversão do Rei
Clodoveu não ocorreu em 508, mas no natal de 496, doze anos antes.
Terceira: A Batalha de Vouillé, que
decretou a derrota do Rei Alarico II ocorreu na primavera, do ano de 507. Assim,
a conta não bate. Estas informações podem ser confirmadas por uma simples busca
na internet, nas enciclopédias virtuais e nos registros da História. A profecia
bíblica não deveria ser tratada ou interpretada como se faz com os escritos de
Nostradamus. É imperioso ter respeito e cuidado no trato das coisas sagradas.
Quarta: O último capítulo de Daniel
trata exclusivamente dos acontecimentos do derradeiro fim. Ele começa
mencionando o fechamento da graça, quando Miguel-Jesus Se “levantou” no Palácio
Celestial, lançou o incensário, finalizou o julgamento ou selamento do seu povo
e encerrou o tempo da graça, iniciando-se o temido e esperado tempo de angústia
e tribulação (Daniel 12:1; Apocalipse 8:5).
Três
textos do Espírito de Profecia são bastante esclarecedores:
Primeiro: “Foi-me indicado o
tempo em que a mensagem do terceiro anjo estava a finalizar-se... A última
grande advertência tinha soado por toda parte e havia instigado e enraivecido
os habitantes da terra que não quiseram receber a mensagem... Vi anjos indo
aceleradamente de um lado para o outro no céu. Um anjo com um tinteiro de
escrivão ao lado voltou da terra, e referiu a JESUS que sua obra estava feita,
e os santos estavam enumerados e selados. Então vi JESUS, que havia estado a
ministrar diante da arca, a qual continha os dez mandamentos, lançar o incensário. (Acontecimento referente ao sétimo
selo, conforme Apocalipse 8:5). Levantou as mãos e com grande voz disse: "Está
feito". E toda a hoste angélica tirou suas coroas quando JESUS fez a
solene declaração: "Continue o injusto fazendo injustiça, continue o
imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo
continue a santificar-se" (Ap. 22:11). Cada caso fora decidido para vida ou para morte. Enquanto
JESUS estivera ministrando no Santuário, o juízo estivera em andamento pelos
justos mortos, e a seguir pelos justos vivos”. (E.G.W-Primeiros Escritos, pag.279 e 280-Destaques e parêntesis acrescentados).
Segundo: “Retirando-se JESUS do
lugar santíssimo, ouvi o tilintar das campainhas sobre as Suas vestes; e, ao
sair Ele, uma nuvem de trevas cobriu os habitantes da terra. Não havia então
mediador entre o homem culpado e DEUS... Enquanto JESUS permanecera entre DEUS
e o homem culposo, achava-se o povo sob repressão; quando, porém, Ele saiu de
entre o homem e o PAI, essa restrição foi removida, e Satanás teve completo
domínio sobre os que afinal não se arrependeram..." (E.G.W-Primeiros Escritos,
pag. 280).
Terceiro: “Quando se encerrar a
mensagem do terceiro anjo, a misericórdia não mais pleiteará em favor dos
culpados habitantes da terra. O povo de DEUS terá cumprido a sua obra. Recebeu
a "chuva serôdia", o "refrigério pela presença do SENHOR", e
acha-se preparado para a hora probante que diante dele está. O mundo foi
submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos
divinos receberam "o selo do DEUS vivo". Cessa então JESUS de interceder no santuário celestial.
Levanta as mãos, e com grande voz diz: "Está feito"; e toda a hoste angélica depõe suas coroas,
ao fazer Ele o solene aviso: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem
está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo,
seja santificado ainda." (Apocalipse 22:11). Todos os casos foram decididos para vida ou para morte”. (E.G.W. - O Grande
Conflito, pag. 613-Destaques acrescidos).
Ao
final dos mil duzentos e noventa dias,
apenas trinta dias após a queda de
Babilônia, deve ocorrer a ressurreição especial, de acordo com Daniel
12:2 e Apocalipse 1:7, e conforme esclarece o texto a seguir (Acontecimento referente
à sétima trombeta):
“Abrem-se
sepulturas, e “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a
vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. Daniel 12:2. Todos os
que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados,
para ouvirem o concerto de paz estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua
lei. “Os mesmos que o traspassaram” (Apocalipse 1:7), os que zombaram e
escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e
povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos
fiéis e obedientes” (Ellen G. White, O Grande Conflito,
pag. 637).
8. Daniel
12:12 –
“Bem-aventurado o que espera e chega até
mil trezentos e trinta e cinco dias”.
Este
período difere do anterior apenas acrescentando quarenta e cinco dias a ele. Parece ser o último período
mencionado no livro de Apocalipse, antes dos últimos mil anos que têm início com a breve volta de Jesus. Refere-se à bem-aventurança
de ouvir a revelação do segredo de Deus, ao anunciar o Senhor o dia e a hora da
volta de Jesus.
Mais
um texto esclarecedor:
“A
voz de Deus é ouvida no céu, declarando
o dia e a hora da vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do
mais forte trovão, Suas palavras ecoam pela terra inteira. O Israel de Deus
fica a ouvir, com o olhar fixo no alto. Têm o semblante iluminado com a Sua
glória, brilhante como o rosto de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não
podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção sobre os que honraram a
Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande aclamação de vitória” (Ellen G. White, O
Grande Conflito, pag. 640).
Detalhes importantes:
Primeiro: Deus tem um segredo? Sim,
Ele tem um grande segredo, que muitos entendem equivocadamente, como se fosse
ele o cumprimento ou a consumação do Seu Evangelho. Ora, segredo não se cumpre ou consuma.
Segredo se revela. E evangelho nunca foi segredo, a não ser nos conselhos
celestiais, antes de ser revelado ao homem, desde o Éden. O Evangelho, pelo
contrário, é a revelação de Deus ao homem, o anúncio das boas novas de salvação
pela graça e pela fé no sangue do Cordeiro. Jesus afirmou que “daquele dia e hora ninguém sabe, nem os
anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente Meu Pai” (Mateus 24:36; 13:32). Este,
sim, é o segredo de Deus, que será revelado nos últimos dias, no período da sétima trombeta,
como está escrito: “Mas nos dias da voz
do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus,
como anunciou aos profetas, Seus servos” (Apocalipse 10:7).
Observação: O sétimo anjo é o que toca
a sétima trombeta.
Segundo: “O segredo de Deus é para
os que O temem; e Ele lhes fará saber o Seu concerto” (Salmos 25:14). Pode-se notar a perfeita harmonia
entre os textos que relacionam o segredo de Deus com o Seu concerto.
Terceiro: “Eis aqui vos digo um
mistério: Na verdade, nem todos morreremos, mas todos seremos transformados,
num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta: porque a trombeta soará, e os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”(I Coríntios 15:51-52).
Observação: A última trombeta é a
sétima.
9. Apocalipse
9:5 – “E foi-lhes permitido, não que os matassem,
mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era
semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem”.
10. Apocalipse
9:10 – “E tinham caudas semelhantes às dos
escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu poder era para danificar os
homens por cinco meses”.
Estes
dois textos são alusivos a um
mesmo período que ocorrerá
durante os juízos da quinta trombeta, no futuro. É um período literal, sem
dúvida alguma, sendo muito importante destacar sobre ele o seguinte:
Primeiro: É o período em que o Anjo
do Abismo - Abadom, Apoliom ou Satanás, reinará absoluto e sem restrições na
terra. Nesse tempo ele imitará Jesus e descartará o papa Francisco,
destituindo-o do seu domínio a partir de Jerusalém. É quando se cumprem as
lamentações sobre Babilônia descritas em Apocalipse 18:5-24 e 16:10-11. Note-se
que a cidade que derramou o sangue dos profetas (Verso 24) foi Jerusalém e não
Roma. E quem está vestida de púrpura e escarlate (Apocalipse 18:16 e 17:4) não
é a cidade, mas a igreja que se assenta sobre a cidade. Transferindo sua sede
do Vaticano para Jerusalém, não mudam as características da prostituta mística.
Segundo: Nessa ocasião todos os
servos de Deus estarão selados, isto é, julgados (9:4). Em Apocalipse 7:3 tinha
sido dada uma ordem para que não houvesse destruição enquanto eles não
estivessem selados, ordem agora revogada pelo fato de estar concluído o seu
julgamento.
Terceiro: Nesse período de cinco
meses os tormentos dos possessos de Satanás serão tão terríveis, que é dito que
ele é semelhante à picada do escorpião, que os faz morder as suas línguas e que
os faz desejar a morte, sem a encontrar, e blasfemar do nome de Deus. Nunca na
história da humanidade houve um período tal em que não houvesse morte. Muito
menos se esse período fosse entendido como muitos o fazem, pelo princípio
dia-ano, um período de cento e cinquenta anos. O fato de não conseguirem morrer
faz parecer que se transformarão em zumbis, possuídos pelos demônios, como
aconteceu com os endemoninhados gergesenos (Mateus 8:28-34), que tinham sido
dominados por demônios e perdido de todo a sua vontade própria.
Merecem
reflexão os textos seguintes, o segundo já mencionado, anteriormente:
Primeiro: “Aqueles
míseros seres, habitando entre os sepulcros, possuídos de demônios,
escravizados a desenfreadas paixões e repugnantes concupiscências, representam o que se tornaria a
humanidade se fosse abandonada à jurisdição de Satanás” (Ellen
G. White, O Desejado de Todas as Nações, pag. 341).
Segundo: “Retirando-se JESUS do lugar santíssimo, ouvi
o tilintar das campainhas sobre as Suas vestes; e, ao sair Ele, uma nuvem de
trevas cobriu os habitantes da terra. Não havia então mediador entre o homem
culpado e DEUS... Enquanto JESUS permanecera entre DEUS e o homem culposo,
achava-se o povo sob repressão; quando, porém, Ele saiu de entre o homem e o
PAI, essa restrição foi removida, e Satanás
teve completo domínio sobre os que afinal não se arrependeram..." (Ellen G. White -Primeiros Escritos,
pag. 280).
Pois
é exatamente o que irá acontecer quando Jesus deixar o Santuário e os homens
tiverem que viver na presença de Deus, sem a intercessão do seu Sumo Sacerdote.
Mesmo que desejem a morte não têm domínio para buscá-la, possuídos que estarão
pelos demônios.
11. Apocalipse
9:15 – “E foram soltos os quatro anjos, que
estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano,
a fim de matarem a terça parte dos homens”.
Isto
mais parece uma data do que um período de tempo.
Detalhes importantes:
Primeiro: Estes quatro anjos são os mesmos
que foram vistos por João nos quatro cantos da terra, retendo as guerras, para
preservar os que seriam selados,
o que somente se justifica antes do término da graça, no período do sexto selo
(Apocalipse 7:1-3).
Segundo: O único anjo que é referido como
estando preso na Bíblia é Satanás, por ocasião do milênio, na terra desolada
(Apocalipse 20:1-2 e 7). Estes anjos foram soltos, ou melhor, liberados no
período da sexta trombeta (Apocalipse 9:14), quando os remanescentes já estavam
selados, o que indica já estar fechada a porta da graça (Apocalipse 9:4). O
texto anterior mostra que as contendas que eles retinham pairavam pelos quatro
cantos da terra, mas agora a última grande conflagração estava concentrada na
região banhada pelo Rio Eufrates, referentes aos juízos da sexta trombeta.
Terceiro: É certo que a grande conflagração
acontecerá, pois quando os anjos deixaram de reter os ventos foi morta a terça
parte dos homens. É possível que esta fração se refira à população regional e
não ao mundo todo, pois que os juízos não são universais. E exatamente a sexta
praga indica uma grande destruição nessa região (Apocalipse 16:12).
Quarto: Existe uma interpretação tradicional
que remete estes acontecimentos para a queda do império otomano, quando este
caiu sem que se derramasse uma só gota de sangue, e sem que se fizesse menção a
um exército como nunca houve há história da humanidade. O profeta afirma claramente
que ouviu o seu número: Duzentos milhões!
Quinto: Finalmente,
como se trata dos últimos momentos do grande conflito, não existe mais tempo
para que se interprete esse texto como sendo um período de tempo – trezentos e
noventa e um dias, mesmo literalmente. A Babilônia mística está para ser
destruída. Seu período de quarenta e
dois meses ou três anos e meio está no fim. Então parece mais coerente
entender a expressão “preparados para a
hora, e dia, e mês e ano” como a data de uma advertência, um terrível aviso, findo o qual houve o terrível
morticínio vaticinado. Apenas a título de ilustração, suponha-se que no futuro
uma nação ou um grupo de nações ou pessoas estivesse ameaçando uma poderosa
coalizão de nações. Então, por esta é dado o ultimato e se estabelece uma data para o ataque, no caso de não ser
atendido ou obedecido o aviso: “No
dia 11/05/2018, ao meio dia, atacaremos!” Note-se que todos os detalhes
da profecia ficam especificados: a hora, o dia, o mês e o ano.
12. Apocalipse 11:2 – “E deixa o átrio que está fora do templo e não o meças; porque foi dado
às nações, e pisarão à cidade santa por quarenta e dois meses”.
13. Apocalipse
11:3 –
“E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias,
vestidas de saco”.
Estes
dois versos vêm no contexto e sequência do “livrinho aberto” do capítulo 10,
que é síntese do movimento milerita do advento e do juízo e os dois períodos
são idênticos. O primeiro, inequivocamente faz referência e tem relação com o
juízo, pois o verbo medir ali
inserido traz esta conotação, que tem amparo na Bíblia. Jesus disse: “Porque com o juízo com que julgardes sereis
julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a
vós” (Mateus 7:2). A parte que diz para não ser medida parece ser aquela
que não será selada e isto somente terá cumprimento no futuro.
Detalhes
importantes:
Primeiro:
A cidade santa será pisada por quarenta e dois meses. Parece ser o período em
que Jerusalém será sede do governo papal e mundial. É esse o tempo de hegemonia
papal no futuro, quando a ferida mortal estiver completamente curada e toda a terra irá adorar a besta
(Apocalipse 13:4). A única cidade santa mencionada na Bíblia Sagrada é
Jerusalém. Não existe e nem nunca existiu no mundo em qualquer tempo, outra
cidade além de Jerusalém, que seja ou que tenha sido chamada de cidade santa.
Dentre inúmeros textos bíblicos, são escolhidos dois para ilustração:
“Então o diabo O transportou à cidade santa, e O colocou sobre o
pináculo do templo” (Mateus 4:5).
“E, saindo dos
sepulcros, depois da ressurreição dEle, entraram na cidade santa, e
apareceram a muitos” (Mateus 27:53).
Segundo:
Jerusalém, além de ser chamada de cidade santa é também chamada de cidade que
mata os seus profetas (Mateus 23:37; Apocalipse 18:24). Ela não pode ser
confundida com Roma, porque esta criminosa e sanguinária cidade fez muitos
mártires, mas não matou profetas. Paris foi comparada com ela, no passado, chamada
espiritualmente de Sodoma e Egito, mas somente em Jerusalém se cumpre a
especificação que diz que foi nela que o Senhor foi crucificado (Apocalipse
11:8).
Terceiro: Não
se deve esquecer que esse período acontece no
contexto do segundo ai, referente à sexta trombeta, no futuro, que
abrange os textos de Apocalipse 9:13 e vai até Apocalipse 11:14, excluindo-se o
parêntesis do capítulo 10.
Quarto: A
profecia referente às duas testemunhas, mencionadas de Apocalipse 11:3 a 14,
teve aplicação e cumprimento parcial na eclosão da revolução francesa, fato
registrada por Ellen G. White no livro O Grande Conflito, páginas 265 a 288,
mas terá cumprimento total e definitivo no futuro, na sexta trombeta, quando
quem governa a terra é o anjo que subiu do abismo (Verso 7).
14. Apocalipse
13:5 – “E foi-lhe dada uma boca para proferir
grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses”.
Texto
já referido, que dá início à futura hegemonia do papa Francisco, com sua
escolha pelo G-10 para ser o líder mundial. Isto foi sugerido pela encíclica “caritas in veritas” do agora papa
emérito Bento XVI quando o então papa, sem mencionar pessoas, descreveu a
necessidade de um líder para ser o árbitro das grandes questões mundiais. O
Secretário Geral da ONU, o coreano do sul Ban Ki-moon, em recente visita ao
Vaticano, sugestivamente manifestou sua opinião de que o papa atual tem o
perfil ideal para ocupar esta posição.
Esse
período não pode ser confundido com o do primeiro domínio papal, pois a besta que subiu do mar não representa
Roma, mas o Estado do Vaticano. Ela tem as características das antigas
bestas referidas no livro de Daniel, mas não é nenhuma delas, mas apenas
semelhante no que diz respeito ás suas crendices, rituais e doutrinas herdadas
daqueles reinos pagãos. Esse período tem lugar após a cura de sua chaga mortal,
quando toda a humanidade irá
adorá-la e quando exercer domínio sobre todos os povos, sobre todos os que
habitam sobre a terra (Apocalipse 13:3 e 7-8). Evidentemente que estas
condições não se cumpriram no primeiro período de seu domínio.
15. Apocalipse
17:12 –
“E os dez chifres que viste são dez
reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma
hora, juntamente com a besta”. (Apocalipse 18:10; 18:16; 18:19).
Uma
hora pode representar a sessão política e administrativa em que os
representantes do G-10 irão investir o papa Francisco de sua autoridade sobre
todas as nações.
16. Apocalipse
18:8 – “Portanto, num dia virão as suas
pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte
o Senhor Deus que a julga”.
Dispensa
comentário, por parecer evidente a literalidade.
17. Apocalipse
20:2 – “Ele prendeu o dragão, a antiga serpente,
que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos”. (20:3; 20:4; 20:5;
20:6; 20:7).
Mill
anos é o período entre as duas ressurreições. A primeira, quando os justos
reviverão no dia da breve volta de Jesus. Transformados, imortais, receberão o dom
da vida eterna (I Coríntios 15:51-54; 1 Tessalonicenses 4:6). A segunda, quando
os que não herdarão a salvação serão ressuscitados após o retorno de Jesus com
os salvos e a Nova Jerusalém, para realizar o juízo executivo, a aniquilação de
Satanás e de todos os ímpios, a restauração da terra e a retomada do primeiro
domínio, que fora perdido por causa do pecado.
Parabéns pelo artigo. Este assunto se torna interessante a cada vez que exploramos.
ResponderExcluir